ainda penso em você

domingo, 9 de março: quinho, se você ainda quiser, é pra voltar sem medo, sem mágoas do passado, sem vergonha, não importa. a quinha ainda te ama.

ainda penso em você

quinho, se você ainda quiser, é pra voltar sem medo, sem mágoas do passado, sem vergonha, não importa. a quinha ainda te ama.

Pra entrar no clima de um jeito bem gostoso, a nossa dica é ler a edição escutando essa música aqui. ❤️

Conselho de um velho apaixonado
FIRST THINGS FIRST

(Imagem: Pinterest)

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem, e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado... Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram, e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais. Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.

Diversos sites informam que a autoria desta crônica é de Carlos Drummond de Andrade, enquanto outros afirmam que ela é obra de Selma Soares Albuquerque.

Não temos referências bibliográficas exatas que confirmem quem o escreveu, mas, como esse era o poema oficial do casal protagonista da nossa edição, resolvemos arriscar uma análise mesmo assim.

Ao dizer que a pessoa amada faz seu coração parar de funcionar por alguns segundos, o texto traz uma visão romântica e idealizada do amor, sugerindo que existem sinais claros pra sua chegada.

É como “o milagre dos encontros”, de Carla Madeira, ou a descrição exagerada de Vladimir Nabokov em Lolita, ao escrever que “tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre.”

  • Assim, o texto nos conduz por um caminho de sensações, em que o amor não é apenas vivido, mas sentido antes mesmo de ser tocado.

Existe algo mágico na ideia de sentir o cheiro da outra pessoa sem que ela esteja presente — como se o amor transcendesse a distância, invadindo os sentidos e a imaginação.

Muito antes de qualquer explicação lógica, talvez o amor se faça presente nas partes mais instintivas do ser. Citando Martha Medeiros, “ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.”

O olhar apaixonado é aquele que acha a pessoa maravilhosamente linda de pijamas velhos e cabelos emaranhados. O amor encontra a beleza no desalinho e revela um afeto que não se rende às aparências.

  • No fim, o texto se torna um chamado: estar atento aos sinais, não permitir que o caos cotidiano abafe o amor.

Mesmo com uma ideia um pouco distante da realidade, ele nos lembra que o amor é escolha e entrega, um sopro que pode passar desapercebido se não o acolhermos no momento certo.

Seu cansaço tem um culpado
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E não é só a rotina. Se fosse, você não acordaria cansado depois de dormir às 8 ou mais…

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Existe amor à primeira vista?
ENQUETE DO THE STORIES

(Imagem: We Heart It)

Há quem diga que “quando é amor, a gente sabe.” Outros afirmam que o sentimento pode surgir de forma sutil e ir crescendo com o tempo.

Em qual time você está?

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Pode voltar sem medo
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

(Imagem: VSCO)

Foi assim que, em um domingo de manhã, eu recebi uma mensagem no Whats que eu considerei como um pedido de perdão de um amor antigo — a edição "ainda me pego pensando em você", do dia 09/02/25.

Mas vamos começar do começo… Ou melhor, vamos começar do fim. O casamento de 8 anos do quinho e da quinha — eles se chamavam assim — terminou no final de 2019.

Desde o dia do divórcio, eles não se falaram mais, salvo um e-mail de pêsames nesse meio tempo. Embora o fim do relacionamento de quase 12 anos tenha sido em comum acordo, sempre tem alguém que não gostaria de terminar, né? Nesse caso, foi ela.

Os dois se conheceram aos 21 anos, em um cursinho na cidade da quinha. Eram muito jovens, mas já sabiam o que queriam.

  • Ele morava sozinho, se bancava e buscava crescer;

  • Ela, mesmo morando na casa dos pais, já ganhava o seu dinheirinho com o estágio — e se esforçava muito pra melhorar de vida.

Quando o cursinho terminou, ela lembra que ele foi embora sem nem se despedir. Mas, logo depois, mandou o seguinte SMS: não me despedi porque quero te encontrar novamente. Não te beijei porque quero ter oportunidade de te beijar várias outras vezes.

Eles se encontraram uma semana depois, se beijaram, e, desde então, nunca pararam de se falar. Bom, pelo menos, como já mencionamos, até o dia do divórcio.

Os dois cresceram juntos, amadureceram juntos. Estiveram juntos dos 21 aos 31 anos de idade. Sabe aquele casal que se entende só pelo olhar? O quinho e a quinha combinavam, se encaixavam.

Ele era metódico, e ela meio bagunceira. Ele era mais sério, e ela era brincalhona. Ela fazia comida, e ele lavava a louça. Ele passava aspirador de pó, e ela passava pano. Ele era razão, e ela era emoção. Aprenderam muito um com o outro.

Com algum tempo de namoro, decidiram se casar. Juntos, fizeram economias e compraram um apartamento na planta. Mobiliaram tudo, e organizaram a festa de casamento.

Viajaram. Adotaram uma cachorrinha, a quinha quinha. Viajaram outras vezes. Passaram bons momentos com a família dela e com a dele.

Ouviram músicas na estrada, passaram dias em frente ao mar. Almoçaram juntos, fizeram trilhas. Foram a muitos casamentos de amigos, muitos jantares, muitos sushis. Mais viagens. Muita felicidade.

A vida deles foi se estabilizando, chegando naquele ponto em que nada é uma novidade.

  • Aquele ponto em que o casal já se conhece tanto, mas tanto, que nada é surpresa. Aquele ponto em que a paixão vai perdendo a voz — e é o amor que deveria falar mais alto.

E aí, veio a vontade dele de sair do relacionamento. Ela ficou em choque, não aceitou. Mas depois entendeu que um relacionamento é feito de duas partes, e que “está tudo bem” uma delas não querer mais.

Durante algum tempo, foi bem difícil. A quinha buscava motivos para o fim do amor, até cair a ficha de que talvez não existam motivos. Talvez nem ele saiba as suas razões.

Ela não quis contato posterior e fechou todos os canais de comunicação. Foi viver. Teve outros relacionamentos, se divertiu bastante. Fez terapia, deixou o cabelo crescer.

Mas, ainda assim, ela sentia que tinha alguma ligação com o quinho. Talvez por conta das muitas lembranças boas que viveram juntos. Ou talvez por conta da “filha” dos dois, que ficou com ela.

  • Incontáveis vezes, ela olhava pra cachorrinha e lembrava dele. Já até se perguntou: será que esse ciclo só vai se fechar quando ela não estiver mais aqui?

Acontece que, a quinha quinha virou estrelinha há algumas semanas, e a primeira pessoa que ela pensou em contar foi pra ele. Mandou um e-mail, pois era o único meio de comunicação dos dois.

E foi a partir desse contato que, em um domingo de manhã, o quinho mandou pra ela a edição do the stories "ainda me pego pensando em você", do dia 09/02/2025.

E, agora, ela está enviando, através do the stories, uma mensagem diretamente pra ele, e espera que seja publicada, porque ele acompanha essa newsletter todo domingo.

"Quinho, foi muito bom falar com você novamente... Foi bom saber e fico muito feliz que você faz terapia, tem cultivado a espiritualidade, que tem se dedicado a amadurecer e se conhecer melhor na área emocional, eu queria muito que isso tivesse acontecido lá em 2019.

Quero que saiba que, depois da nossa conversa, eu entendi porque ainda me sinto ligada a você: é amor. Eu decidi te amar desde o início, te amo com suas qualidades, seus defeitos, mesmo distantes, mesmo seguindo em frente, continuei te amando e te amarei pra sempre como nos prometemos por repetidas vezes.

Eu sei que as coisas do passado já passaram, não tem como voltar atrás, não dá pra apagar, não é possível mudar. Mas, sei também que, se a gente quiser, tudo pode ser novo. E de novo.

Como eu falei pra você, eu te esperei, esperei seu contato, esperei você voltar exatamente com as palavras do Henrique, naquela edição do the stories: “Desculpe por ter tido medo. Desculpe por não ter falado ‘eu te amo’ quando já sabia que te amava. Desculpe por ter desistido da gente.”

E, diferente da tradição italiana de querer deixar sentimentos para trás, não quero deixar os meus. Mas, com a passagem da nossa filha, agora sinto que o ciclo se fechou e vou precisar seguir em frente, apesar deles.

Então, hoje, eu te digo: se você quiser voltar, você pode voltar sem medo, sem mágoas do passado, sem vergonha, não importa. Continuo te amando e amando aquele carinha de 2008 que me mandava poemas e poesias e que um dia me disse: "chegou um ponto de nossa relação que vi que ia ser uma coisa séria.. e que se continuasse com você não poderia mais te largar.” E amo esse homem que tem coragem de assumir que teve medo e vergonha de entrar em contato comigo, e que teve coragem de pedir perdão e se mostrar vulnerável. E vou pra sempre amar o parceiro que me ajudou a construir a minha história e quem eu sou hoje.

Essa é uma declaração de amor.

Com todo meu carinho,

Quinha.”

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EDITOR’S PICK

(Imagem: Pinterest)

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Você sempre fará parte da minha história

CARTA ABERTA

(Imagem: Getty Images)

Não sei se é a lua cheia, a minha TPM se aproximando, mas hoje senti vontade de escrever para você. Hoje fui ao supermercado que a gente ia. Quando avistei a porta de entrada, meus olhos se encheram de lágrimas, perdi o rumo, respirei fundo e segui aquele trajeto de sempre.

Lembrei das piadas que você fazia quando entrávamos lá, do apelido que tinha dado a uma das moças do caixa. Lembrei da sua mão segurando a minha, esperando que eu decidisse o que eu queria. Eu odiava ter que decidir tudo.

Há uma semana e dois dias, você bebeu demais as cervejas daquele mesmo mercado e me mostrou partes suas que eu não queria ver.

Você sabia do meu medo do álcool utilizado de forma exagerada, mas lá estava a pessoa em quem eu havia depositado tanta confiança, fazendo tudo que eu disse que não aceitaria. Naquele dia, eu te vi fazendo o que você jurou que jamais faria. E isso me machucou.

Eu não aceitei, jamais voltarei atrás nessa decisão, mas não aceitar não significa não sentir a sua falta. Tenho saudades do cara que segurava minha mão, que me fazia carinho, que se impressionava com minhas táticas de relaxamento.

Tenho saudades de te admirar tocando músicas do meu cantor favorito, de deitar no seu ombro e te fazer perguntas idiotas. Tenho saudades de ouvir "eu te amo", dos banhos juntos, das declarações de amor e das confissões faladas baixinho.

Vivemos pouco tempo juntos. Não sei qual é sua cor favorita, nem se prefere frio ou calor. Sei o motivo da sua tatuagem de rosas e o quanto ama a sua bisavó. Sei sobre a sua ansiedade generalizada, sobre alguns medos e algumas angústias sobre o passado e futuro.

Sinto que em pouco tempo eu conheci o seu coração como jamais havia conhecido o de outro alguém.. E mesmo assim não foi o suficiente. Mesmo assim, faltou muito para nos tornarmos um casal de fato.

Eu sinto muito pelos motivos que te levaram a cometer aquele erro no final da tarde de domingo. Sinto muito por não conseguir te ajudar mais do que gostaria. Infelizmente, nossas maneiras de olhar a vida são totalmente diferentes.

Peço desculpas a você e a mim, por ter ultrapassado alguns limites próprios para caber em uma relação que não me pertencia. Sigo torcendo por você, que você se recupere do que tanto te machuca e consiga ter mais compaixão com você e com as pessoas ao seu redor.

Fica bem, Gabriel. Sou grata por tudo que vivemos, você sempre fará parte da minha história.

A.

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A próxima pode ser a sua 💌
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