amar é brega

bom dia. a gente até brinca que demonstrar sentimento é cafona, mas quem não quer a sorte de um amor breguinha?

Chico

FIRST THINGS FIRST

(Imagem: Metrópole | Reprodução)

Folia pra mim, me arriscar no amor
Apostar na incerteza, pular de onde for
De novo, meu amor
Diziam pra mim que essa moda passou
Que monogamia é papo de doido
Mas pra mim é uma honra ser uma cafona
Pra esse povo

Me pinto pra disfarçar
Rebusco palavras pra te encantar
Invento uma moda, faço bossa nova
Meu futuro no Rio será

Chico, se tu me quiseres
Sou dessas mulheres de se apaixonar
Pode fazer a sua fumaça
O Bar da Cachaça vai ser nosso lar

E, Chico, se tu me quiseres
Debato política, tomo o teu partido
E se for pra repartir o amor
Que reparta comigo

Chico, se tu me quiseres
Sou dessas mulheres de se apaixonar
Pode fazer sua fumaça
O Bar da Cachaça vai ser nosso lar

Pois Chico, se tu me quiseres
Debato política, tomo o teu partido
E se for pra repartir o amor
Que reparta comigo, comigo

Vai ter gente torcendo o nariz que o Momento Cult não tem citação de filósofo, mas fazer o quê se o ode ao amor romântico da Luísa Sonza chegou no #Top1 Brasil do Spotify?

  • Ao dedicar a música “Chico” para o seu namorado mais recente, Chico Moedas, a cantora ousa assumir o amor romântico com tudo que ele tem de mais clichê.

Em tempos de relacionamentos abertos e valorização do apego que dura uma noite só, ela vai na contramão e coloca entrega, paixão, desejo, promessa e até expectativa na letra.

Inclusive, desafiando o “ninguém é de ninguém”, Luísa deixa claro que não quer um amor dividido e nem pela metade. Ela até muda de partido, mas “se for pra dividir o amor, que reparta comigo”.

Com tantas mudanças no mundo, hoje, temos muito mais poder para definir as nossas relações como bem entendemos. Mas será que, no fundo, não estamos apenas criando novos padrões?

Da mesma forma que pode ser maravilhoso ter a liberdade de curtir noitadas e definir “contratos” da forma que melhor nos convém, se arriscar no amor romântico também pode ser uma delícia.

Usando as palavras da jornalista Mariliz Pereira, a Luísa nos lembra que “talvez a coisa mais moderna nos dias de hoje seja amar apenas uma pessoa. Ainda que seja uma de cada vez”.

Who the f*ck is Pattie Boyd?

FOFOCA CULT

(Ilustração: Elisa Bax)

Falando em fofoca de famoso… É bem provável que você não faça ideia de quem seja Patricia Boyd, mas arriscamos dizer que alguma das músicas que seu rostinho inspirou já passou pelo seu Spotify.

Durante 8 anos, Pattie foi casada com George Harrison, dos Beatles. No auge da paixão, George compôs a belíssima Something para a amada — um dos maiores sucessos da banda.

Enquanto isso, o guitarrista Eric Clapton, bff de George, acabou se apaixonando pela mulher do amigo e compondo uma das músicas mais emblemáticas de sua carreira para Pattie.

  • Na letra, ele trocou o nome da modelo para Layla — afinal, não ia pegar bem contar pro mundo que ele planejava furar o olho do seu melhor amigo, né?

Anos depois… Em 1977, George e Pattie se divorciaram. Clapton foi atrás da modelo e, em 1979, os dois se casaram.George não só compareceu na cerimônia como foi padrinho do casal.

No final da história, todos saíram ganhando: George e Clapton continuaram “brothers” e Pattie tem duas das músicas mais românticas de todos os tempos para chamar de sua.

PS: Contamos essa história na nossa segunda edição, mas pensamos que os novos leitores também deveriam ficar por dentro da #fofocacult pra refletir: vale a pena perdoar o amigo fura olho? risos.

Amor breguinha

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

(Imagem: Metrópole | Reprodução)

É tão difícil falar, é tão difícil dizer coisas que não podem ser ditas, é tão silencioso. Como traduzir o profundo silêncio do encontro entre duas almas? É dificílimo contar: nós estávamos nos olhando fixamente, e assim ficamos por uns instantes. Éramos um só ser. Esses momentos são o meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isso de: estado agudo de felicidade.

A Antônia usou essa citação da Clarice Lispector pra fazer uma confissão: ela nunca acreditou nesse tal de “amor por encontro”.

Ela sabe que está contrariando uma das frases mais famosas do Vinícius de Moraes, mas por não saber lidar com coisas que saem do controle, prefere acreditar que o amor é escolha.

  • A gente até vê nos filmes aqueles encontros que parecem obra do destino, mas já repararam que nunca tem uma continuação depois do “felizes para sempre”?

Ela chuta que é porque essas faíscas de paixão nunca duram. Pra dar certo, temos que escolher um parceiro da mesma forma que escolhemos em qual ação investir na bolsa: racionalmente.

Tá, sempre tem aquele fator de risco que sai do controle, mas trabalhando nesse ramo há anos, a Antônia argumenta que, no amor e no mercado financeiro, muita coisa dá pra prever.

Foi vivendo com esse discurso — e relacionamentos estáveis — por um tempo, até que um esbarrão em um bar qualquer mudou o rumo da história.

  • Depois de tomar alguns negronis, sua amiga comentou que o “barbudo charmoso da mesa ao lado” não parava de olhar pra ela.

A Antônia achou ele bonito e resolveu trocar olhares, mas já adiantou que ia ser coisa de uma noite só. Mesmo sem conhecer, seu faro já dizia que ele “não era seu tipo”.

Em uma ida ao banheiro começaram a conversar, e ela descobriu que o José trabalhava longe do mercado financeiro: ele era chefe de cozinha e tinha acabado de abrir um restaurante de comida mediterrânea.

A Antônia já estava de saída quando esse “esbarrão” aconteceu, mas os dois trocaram telefone e combinaram de se encontrar no dia seguinte.

Ela esperava que o date seria em um restaurante japonês, mas ele sugeriu um bar com mesa de plástico, que tinha música ao vivo e o melhor bolinho de aipim de São Paulo.

A Antônia quase não foi, mas que bom que apareceu. Deixando toda a sua racionalidade de lado, em apenas 1h de papo, ela entendeu o que era o tal “estado agudo de felicidade”.

  • Mesmo sem saber quem eram os amigos do José e o que ele gostava de fazer na sexta-feira à noite, ela nunca se sentiu tão à vontade com alguém.

Nessa troca, descobriram que tinham muito em comum. Ainda que ele não entendesse nada de números e ela nada de cozinha, os dois eram fãs da Amy Winehouse e já tinham assistido quase todos os filmes do Goddard.

Também descobriram que adoravam conhecer cafeterias novas em São Paulo e tinham a mesma mania estranha de comer um quadrado de chocolate meio-amargo antes de dormir.

A Antônia fez o José aprender mais sobre investimentos e o convenceu a se matricular na hot yoga. O José ensinou a Antônia a fazer ovo poché e a encarar uma trilha de bike no final de semana.

  • Juntos, eles foram em várias exposições, conheceram restaurantes alternativos e bacanudos, além de assistiram mais alguns filmes do Goddard.

A Antônia já escutou de algumas amigas que os dois “não têm nada a ver”, mas ela não liga. Citando a música da Luiza Sonza, “é uma honra ser uma cafona pra esse povo”.

Inclusive, mesmo dizendo que nunca abriria mão de nada por ninguém, ela confessa que adorou deixar de ir naquela “festa de gente rica e sem graça” pra curtir um samba na Vila Madalena.

Pra quem não gostava nem andar de mãos dadas em público, a Antônia agora beija na boca até na fila do pão. Sem disfarçar seu querer, admite sem vergonha: não existe nada mais gostoso do que um amor breguinha.

Que delícia de amor ❤️‍🔥

EDITOR'S PICK

(Imagem: Pierrot le Fou | Reprodução)

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FINAL NOTES

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