amar é pra quem pode

domingo: 05 de outubro: "o amor só aparece quando estamos prontos, mas não adianta forçar a sua entrada. no final das contas, amar é só pra quem pode."

amar é pra quem pode

o amor só aparece quando estamos prontos, mas não adianta forçar sua entrada. no final das contas, amar é só para quem pode.

Para entrar no clima da história de hoje, a dica é dar o play neste vídeo aqui. 🥹

FIRST THINGS FIRST

Último Romance

(Imagem: Sex And The City)

Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pra eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê, deve não ser
Você me falou pra eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver, eu penso em trocar
A minha TV, num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir aonde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah, ah vai
Me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona
Pra te acompanhar

O trecho vem da música “Último Romance”, da banda Los Hermanos, formada no Rio de Janeiro nos anos 1990. Pop em alguns momentos, indie em outros, a banda construiu uma identidade que continua ressoando até hoje.

Quando perguntados sobre o título da canção, um dos integrantes disse que o “Último Romance” é aquele que permanece a vida toda, mesmo que a vida dure apenas seis meses.

É logo no primeiro verso que essa ideia se revela fortemente: “Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor”. É a sensação de que o amor certo chega sem aviso, no momento em que deixamos de procurá-lo.

  • Parece quase uma lei do destino: estar pronto significa não apenas buscar ativamente, mas permitir que tudo aconteça naturalmente.

O segredo parece estar nesse delicado equilíbrio: permitir-se amar sem perseguir o amor. Quando essa combinação de sorte, entrega e paciência acontece, manifesta-se de forma simples e cotidiana.

Como diz a música: “E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei”. O amor verdadeiro não assusta nem tira o sono; ele chega suave, leve e faz rir à toa — até na fila do pão.

E quando o “tanto clichê” inevitavelmente se aproxima, a resposta é confiar. Confiar no que o outro diz, no que o coração sente. Como aconselha a música: “Você me falou pra eu não me preocupar. Ter fé e ver coragem no amor”.

No fim, talvez o último romance transcende grandes gestos e promessas eternas, revelando-se nos encontros inesperados. É deixar-se levar pela coragem de permanecer e a leveza de descobrir que o amor, em sua chegada, flui simples e inevitável.

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

Amor à moda antiga

(Imagem: VSCO)

Sarah até tentou ser discreta e reservada para falar do seu amor, mas simplesmente não consegue. Há quase três anos, conheceu Pedro.

  • Era dezembro, mês cheio de eventos e confraternizações. Em um aniversário que ela quase deixou de ir, ele surgiu em seu caminho.

Os dois são de uma cidade do interior, onde todo mundo se conhece e as chances de você cruzar com alguém novo em um evento aleatório são quase nulas. Mas foi justamente nessa improbabilidade que o destino armou seu capricho.

Entre tantos rostos familiares, surgiu um olhar até então desconhecido, como se a vida tivesse guardado para aquele instante a surpresa que Sarah já não esperava.

Ela não estava no clima de paquera, muito menos disposta a arriscar uma nova decepção. Mas o acaso insistiu: quando a festa acabou, surgiu a ideia de um after — justamente na casa de Pedro.

Sarah recusou inicialmente, pois tinha treino de corrida marcado no dia seguinte. Após refletir, decidiu que valia a pena abrir mão de uma manhã de exercícios para viver uma noite diferente.

Mesmo no auge da sua desilusão amorosa, a verdade é que Sarah não tinha desistido de encontrar o amor.

(Inclusive, se tem um recado que ela deixaria para os jovens senhores e senhoras da nova geração, seria esse — se ela não tivesse escolhido virar a noite no after, talvez não teria encontrado seu grande amor).

  • E foi assim que, em meio a danças com as amigas e muitas conversas, Pedro se aproximou.

Num gesto simples, ofereceu o celular e disse: “Escolhe uma música”. A última busca dele era Slow Dancing in a Burning Room, de John Mayer — justamente o artista favorito de Sarah.

Os dois sorriram diante da coincidência e, sem pensar muito, ele a convidou para dançar. Ela se sentiu em uma comédia romântica dos anos 90 e começou a se perguntar: será que isso é verdade?

Desconfiada, Sarah não se deixou levar por completo. Saiu apressada, chamou as amigas e foi embora.

Pedro, no entanto, não desistiu. Correu atrás, tentou um beijo e ouviu um “não”. Ainda assim, naquela mesma madrugada, encontrou um jeito de ligar para ela.

E Sarah, surpresa, deixou que ele a buscasse em casa. Passaram horas dando voltas pela cidade, ouvindo John Mayer no carro e conversando sem parar. Era como se o tempo tivesse desacelerado só para os dois.

Justamente quando desistiu de procurar, Sarah encontrou aquilo que já tinha começado a questionar se realmente existia. E todo mundo que a conhecia, via que tinha algo diferente nela. A vida voltou a ter cor.

Ela lembra de pensar, em um dos primeiros encontros, dentro de um abraço: “Deus, será que isso aqui pode durar para sempre?” Mas levou um tempo até que eles encarassem aquilo como uma possibilidade real.

Pedro deixou claro que só se entregaria para algo que fosse para valer. E, de início, ele duvidou que Sarah queria isso também. Mas ela insistiu em mostrar pra ele que era verdade.

Foi só depois de um ano, em uma noite em Caraíva, que o namoro foi oficializado — mesmo que eles já estivessem “namorando” há muito tempo.

Pedro nunca foi de grandes declarações, nem promessas vazias. Ele foi a primeira pessoa a conquistar o amor da Sarah pelas atitudes, e não por palavras.

Não foram buquês de flores, poesias ou posts no Instagram — ele não é disso. Foi a presença em todos os momentos que ela precisou. Foi a cumplicidade que a fez sentir que ela poderia simplesmente ser quem ela era, porque ele continuaria ali.

  • Pedro mostrou a Sarah que o amor se constrói menos nas palavras e mais nas escolhas diárias: em estar presente, em apoiar e em nunca trair a confiança.

Por mais que muitos tentem teorizar, simplificar e descrever o que é esse sentimento louco, com Pedro, Sarah desistiu de tentar entender. Percebeu que o amor não cabe em definições.

Ele chega de mansinho, sem que a gente entenda o motivo. É um tiro no escuro, um risco eterno que exige coragem de tentar, errar, perdoar, aceitar e corrigir a rota sempre que preciso.

Hoje, inclusive, eles completam mais um mês andando juntos. A verdade é que ela nem sabe dizer ao certo quantos já foram, porque essa conta se tornou pouco relevante.

Hoje, Sarah acredita que o amor não se mede em datas, mas na tranquilidade de ter ao lado alguém que fica. E mesmo que o tempo ouse os afastar, ela sabe: sempre encontrarão um caminho de volta.

Ficou curioso pra conhecer Sarah e Pedro? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸

ENQUETE DO THE STORIES

(Imagem: Sex And The City)

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EDITOR’S PICK

Sunday’s Love 🌹

(Imagem: L’Ami de mon Amie)

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CARTA ABERTA

Onde estão as pessoas interessantes?

(Imagem: We Heart It)

Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Quanto aos finais de semana, já desisti há tempos: noites tomadas por pessoas com metade da minha idade e sensatez.

Nada contra adolescentes — muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas to falando dos “fabricação em série”. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim: “gata, iradíssimo, tia.

Tinha decidido banir a palavra “balada” da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que, por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, meus hormônios começaram a sentir falta de uma boa barba para se esfregar.

Tentei paquerar em cafés e livrarias, mas não funcionou. As pessoas me olham com aquela expressão de “tô no meu mundo, fique no seu”. 

Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar “se são meus amigos, logo, devem ter amigos interessantes”. Infelizmente essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado para achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. Tô fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.

Tô mais do que fora de baladas playbas, com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi. Baladas playbas com garotas praianas hippie-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado — misturando o desejo de serem meigas com o desejo de serem manos com o desejo de serem patos — e rapazes garoto propaganda Adidas com cabelinho playmobil também tô fora.

O que sobra, então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram “tristeza não tem fim, felicidade sim” no ombro do amigo. Esses têm grandes chances de ser aqueles tipos que se acham super descolados só porque tiraram a gravata e que falam tudo metade em inglês ao estilo “quero te levar pra casa, how does it sound?

Minha mais recente descoberta foram as baladinhas alternativas de rock. Gente mais velha e bacana — com roupas, jeito de falar, estilo e papo bacana. Gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia, os interessantes acordam cedo e se isolam, criando a impressão (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas.

Orkut, MSN, chats… me pergunto onde foi parar a única coisa que verdadeiramente importa nesta vida: a química. Mas onde, meu Deus? Como encontrar pessoas interessantes? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê… E eu? Por quanto tempo continuarei achando todos superficiais demais enquanto me sinto a mais idiota de todos?

Foi aí que percebi. Ele está no lugar em que me encontro, pensando o que penso, com preguiça de frequentar os lugares vazios e ver gente boba. Está com a mesma dúvida entre arriscar novamente e voltar para casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.

A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que, quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?

- Tati Bernardi

RODAPÉ

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FINAL NOTES

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