the stories
Posts
amor de cinema

amor de cinema

há quem diga que fugir do amor é uma forma de evitar o sofrimento. você pode até tentar, mas uma coisa é certa: quem foge, já está sofrendo.

January 09, 2022

Breakfast at Tiffany’s

FIRST THINGS FIRST

Um clássico é um clássico. Ainda que você não tenha assistido Breakfast at Tiffany’s (Bonequinha de Luxo), é muito provável que já tenha visto Audrey Hepburn com seu icônico tubinho preto — ela estampa camisetas, ilustra cartazes e sempre marca presença nas festas à fantasia.

Lançado em 1961, o filme conta a história de Holly Golightly, uma prostituta de luxo que sonha em casar-se com um milionário. Os planos de Holly começam a se complicar quando ela conhece Paul Varjak, um jovem escritor bancado por sua amante.

Pela sinopse talvez não fique claro, mas, assistindo ao filme, vemos quanto a personagem de Audrey fugia dos padrões da época. Ela era divorciada, fazia festas malucas em seu apartamento, dizia o que dava na telha e nunca ligou para as pressões sociais impostas.

Escondendo um passado difícil, Holly gostava de tomar café da manhã em frente à joalheria Tiffany, com a intenção de fugir da sua realidade.

Ao conhecer Paul, ela acaba se abrindo e os dois vão criando uma relação de amizade — afinal, apaixonar-se por ele contrariava seus objetivos de casar com um bom partido e continuar de coração livre.

Por trás de todo o glamour e doçura de Audrey Hepburn, “Breakfast at Tiffany’s” mostra que, podemos até tentar viver de forma racional, mas, no fim do dia, são nossas emoções que realmente nos guiam.

Diferente do que Holly acreditava, o amor não te coloca em uma caverna. Pelo contrário, ele te dá a liberdade de ser quem você realmente é. Não tenha medo dos seus sentimentos, mas lembre-se: se não for assim, não é amor.

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

Holly e Paul?

Ana Flávia e Gustavo se conheceram em uma sala de cursinho pré-vestibular. Não foi amor à primeira vista — nem segunda, nem terceira. Os dois eram apenas colegas de sala que, vez ou outra, trocavam um “bom dia”.

Quando passaram no vestibular — por coincidência ou destino —, entraram na mesma universidade, no mesmo curso e na mesma sala.

Lá estavam os dois de novo, dessa vez, trocando algumas palavras além do “bom dia”.

E nesta troca de palavras, descobriram que eram vizinhos na cidade onde nasceram e que o avô da Ana Flávia era o melhor amigo do pai do Gustavo. Ela diz que ainda não tinha segundas intenções, mas essas coincidências foram o empurrãozinho necessário para o início de uma amizade.

Trocavam confidências e anotações da aula até que, em uma viagem universitária, a amizade virou paquera. Como um grande amor começa com uma bela amizade, não demorou para que a paquera virasse namoro.

Durante a faculdade, o relacionamento era marcado por uma convivência intensa: 6 anos na mesma sala, com aula em período integral. No meio de muitos altos e baixos, eles dividiram angústias e conquistas, mantendo sempre aquele olhar de admiração um pelo outro.

Quando se formaram, o destino trouxe um contratempo: Ana Flávia foi trabalhar no Rio de Janeiro e Gustavo em Belo Horizonte.

Depois de tanto tempo de convivência diária, muitos ao redor diziam que o amor dos dois não sobreviveria à mudança. Porém, ao contrário dos burburinhos, os 3 anos de distância física apenas provaram que nunca haveria distância para o coração.

De todas as viagens que fizeram, Nova York sempre teve um lugar especial na história do casal. Ana Flávia era alucinada pela cidade — principalmente na época encantadora do Natal —, e pelo filme Breakfast at Tiffany’s, que é o seu preferido.

Voltando à história… depois de longos anos juntos e muita cobrança pelo próximo passo — cobrança dos outros, porque os dois sempre souberam que estavam no tempo perfeito —, Ana Flávia foi transportada para uma história de cinema tão especial quanto a de Holly e Paul.

Na época mais mágica do ano, em uma Nova York toda iluminada pelas luzes de Natal, ela foi surpreendida com Gustavo de joelhos, segurando um icônico anel da joalheria do seu filme preferido.

Tudo em volta parecia perfeito, mas as luzes de Nova York não chegavam nem aos pés do brilho dos olhos de Gustavo. Com as mãos trêmulas, ele perguntou se seu amor da juventude aceitaria passar o resto da vida ao seu lado — alguma dúvida da resposta?

1 ano depois… Novamente na época do Natal, casaram-se ao som de Moon River, na cerimônia mais linda, singela e cheia de amor que conseguimos imaginar.

Hoje, alguns anos após o casamento, vivem esse amor de cinema em casa. Enquanto tomam um demorado café da manhã lendo the stories, têm a companhia de sua cachorrinha Holly — em homenagem, claro, à Holly Golightly.

Ana Flávia diz que sua história não é a montanha-russa de sentimentos e aperto no peito que às vezes vemos por aqui, mas, como bem dizia Vinícius de Morais, não há nada melhor para a saúde que um amor correspondido.

Good morning ❤️

A próxima pode ser a sua 💌

FINAL NOTES

Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.

Envie para: [email protected]

Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…

the stories.cc 🧸

Nem sempre com finais felizes, mas sempre verdadeiras. Histórias de quem realmente sentiu algo sincero diretamente entregues na sua caixa de entrada.

A cada história uma emoção. Sempre aos domingos de manhã, às 08:08.