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koi no yokan
domingo: 02 de novembro: é uma expressão japonesa que prevê o amor, ainda que não seja à primeira vista. é a sensação de que, ao encontrar alguém, mais cedo ou mais tarde, o amor vai acontecer.

koi no yokan
é uma expressão japonesa que prevê o amor, mesmo que não seja à primeira vista. é a sensação de que, ao encontrar alguém, mais cedo ou mais tarde, o amor acontecerá.

Por acaso ou destino, esta música é a cara da edição de hoje. 💫
FIRST THINGS FIRST
Premonição do amor

(Imagem: Getty Images)
Quando te vi, amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Esse trecho faz parte do poema “Quando te vi, amei-te já muito antes”, escrito por Fernando Pessoa, sob o heterônimo de Alberto Caeiro.
Esse pequeno verso expressa a sensação de reconhecimento imediato diante do amor — como se aquele encontro não fosse um começo, mas uma repetição de algo, uma lembrança que se manifesta de novo no presente.
O verso “amei-te já muito antes” sugere uma espécie de amor arquetípico, que precede o tempo e a experiência.
Pessoas passam pela nossa vida o tempo todo, mas só algumas realmente nos encontram. Clarice Lispector descreve esses momentos de comunhão perfeita como “estado agudo de felicidade.”
Seguindo essa linha, a expressão japonesa koi no yakan pode ser traduzida como a premonição do amor — ou a sensação de que o amor vai acontecer.
Diferente do amor à primeira vista, koi no yakan pode ser descrito como a intuição tranquila de que, ao encontrar alguém, mais cedo ou mais tarde, um sentimento profundo nascerá.
A expressão japonesa e o poema de Pessoa tocam na mesma dimensão misteriosa do amor: o sentimento de que há algo predestinado ou atemporal nos encontros verdadeiros.
Talvez seja isso que sentimos quando olhamos alguém e o tempo parece se dobrar — nem passado, nem futuro, apenas o reconhecimento de algo que sempre foi.
Como já dizia Albert Camus, “talvez o amor seja apenas o reencontro de dois que já se procuravam.”
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL
Agora eu sei falar de amor

(Imagem: VSCO)
“Você me amaria sabendo que vou atrás dos meus sonhos, mesmo que você não venha junto?”
Amanda sempre sonhou em tirar um ano sabático e viajar pelo mundo. Foram 10 anos de planos, listas e economias guardadas. No início daquele ano, decidiu que não se envolveria com mais ninguém até o dia da partida.
Mas, como o destino é arteiro, seis dias depois de comprar a passagem só de ida para a Ásia, num domingo à noite, ela conheceu Eduardo.
Naquele dia, Amanda tinha saído de casa cedo para ir a um show de uma banda que amava. Mas, quando desceu do carro, o céu desabou — choveu tanto que o evento foi cancelado.
No meio da confusão, entre pessoas correndo e guarda-chuvas se abrindo, apareceu Eduardo.
Ele puxou uma conversa de elevador sobre o clima, e ela riu, porque o maior clichê do mundo finalmente fazia sentido: à frente deles, uma enchente tomava conta da rua.
Cinco dias depois, tiveram o primeiro encontro. Eduardo foi buscá-la em casa — e Amanda nunca esqueceu a sensação de paz e frio na barriga ao vê-lo chegando. Ele diz que a amou desde o primeiro minuto.
Depois desse encontro, vieram outros — sábado, domingo, segunda… até que, duas semanas depois, entre cervejinhas e banho de rio, veio o pedido de namoro.
Eles conversaram sobre a viagem. Amanda o convidou para ir junto, mas Eduardo preferiu ficar. Não queria mexer nas economias nem deixar o trabalho. Prometeu visitá-la.
Antes da viagem chegar, eles viveram uma vida inteira em dois meses: conheceram as famílias, os amigos e as manias um do outro.
Eduardo sempre soube que Amanda iria embora — e assim aconteceu. No dia 7 de julho, ele a deixou no aeroporto. Entre lágrimas, abraços e promessas, ela embarcou — sempre olhando para trás.
Três dias depois disso, durante uma ligação, ele perguntou: “Ainda tá de pé a proposta de eu ir com você?” Amanda riu. Com ele, todas as propostas eram válidas. O sim sempre esteve ali, pronto.
Eduardo resolveu tudo: trabalho, pós, vida pessoal. Vendeu algumas coisas, mexeu nas economias e a passagem, que antes era de duas semanas, virou uma só de ida.
Hoje, Amanda o espera na Malásia para começarem a viajar o mundo juntos. Quando fala sobre ele, a voz dela muda — fica mais suave, mais viva.
Quando se conheceram, fazia mais de um ano que Amanda não saía para um encontro. Ela quase desistiu, mas foi.
Levou vários jogos de tabuleiro no carro, como desculpa: se o encontro fosse bom, chamaria Eduardo para jogar; se fosse ruim, usaria os jogos como pretexto para ir embora cedo. Ainda bem que ela arriscou.
Desde então, a relação dos dois tem o gosto de algo que se prova na vida adulta e desperta uma memória de infância.
Antes de conhecê-lo, Amanda nunca quis se casar. Ela não cresceu em uma família estável e nunca enxergou o casamento como sinônimo de segurança. Ela não teve exemplos de casais felizes.
Mas estar com Eduardo a fez reconsiderar tudo. Ele representa a sorte de uma vida calma e a chance de um amor saudável.
Amanda diz que gosta dele como gosta dos amigos — e nunca achou que isso seria possível no amor. Eduardo a faz rir, a faz sentir-se amada, respeitada e bem-vinda. Com ele, o futuro deixou de ser um medo.
Ela gosta de observar como ele come quando gosta de alguma coisa, com tanto gosto que parece a última refeição da vida dele.
Gosta de lembrar da quarta vez que se viram, quando ele mandou uma mensagem dizendo: “É como se só de te olhar eu pudesse ser mais livre. Você é o amor que eu nunca tive.”
Eduardo sempre associou liberdade a ela — às viagens, às distâncias. Mas Amanda diz que ele aproveita a vida muito mais do que ela. Para ele, tudo é felicidade. É uma pessoa genuinamente boa.
Ao lado do Eduardo, a vida de Amanda é simples — e feliz. A avó dela — que nunca aprovou namorado algum — gosta dele. Por causa do Eduardo, Amanda aprendeu a falar de amor.
Ficou curioso para conhecer Amanda e Eduardo? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸
ENQUETE DO THE STORIES

(Imagem: The Love Witch)
Você já teve uma premonição de amor? |
RESULTADO DA ÚLTIMA ENQUETE
68,65% de vocês (578 pessoas) votaram que SIM, acreditam em amor eterno.
Abaixo, uma resposta de destaque por opção:
→ (Sim) “Amor eterno é compromisso e escolha de sempre alimentar o amor. Como diz Carla Madeira, ‘acordo e caso, depois passo o café’. E que sorte de viver assim.”
→ (Não) “Acredito na construção eterna. O amor, por si só, não. Não se sustenta sem a vontade.”
→ (Acredito, mas está bem distante da minha realidade 😂) “Eu ainda acredito no amor eterno, mas na correria e nos amores tão líquidos de hoje, ele parece cada vez mais distante. Mesmo assim, é reconfortante sonhar que ele existe.”
EDITOR’S PICK
Sunday’s Love 🌹

(Imagem: We Heart It)
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CARTA ABERTA
Não me escreva

(Imagem: VSCO)
Viking,
Quase não tenho mais palavras para colocar no papel. Já te escrevi tantos textos que tenho certeza de que você nunca vai ler. Nós quase fomos tudo — e talvez por isso doa tanto. É difícil aceitar o fim quando nem sei ao certo se realmente acabou — ou se o que tivemos existiu da mesma forma para você. Mas se não teve importância para ti, saiba que para mim teve. E muita.
Eu vim de tão longe e acabei encontrando um paranaense loiro. Bah, que casal improvável. Mas improvável também é tudo aquilo que a gente não espera e, ainda assim, muda a gente para sempre.
Viking, eu ainda te escolheria — se você me escolhesse também. Amaria ser tua companheira para o resto da vida, morar numa casinha longe da cidade e ver as estrelas e a lua todas as noites enquanto dançamos “A Man Without Love” com a nossa mini Judith correndo pela sala.
O amor não precisa ser tão complicado. Eu quero você — e se você também me quiser, isso já é perfeito.
Você foi a melhor coisa que me aconteceu, e eu amo cada pedacinho teu — amo você por completo.
Se um dia você ler isso, não precisa me procurar — a não ser que realmente queira. E, se quiser, por favor… não me escreva. Venha.
Com amor,
Judith.
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RODAPÉ
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A próxima pode ser a sua 💌
FINAL NOTES
Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.
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Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…
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