aquele quase

aquele quase

bom dia. dizem que pior do que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.

As Pontes de Madison

FIRST THINGS FIRST

Imagine descobrir, no dia da morte da sua mãe, que um “caso” do passado foi o grande amor da vida dela?

Para que seus filhos entendessem seu desejo, Francesca deixou uma carta desvendando o mistério: durante 4 dias, ela viveu um romance com o fotógrafo Robert Kincaid, que passou pelo local para registrar as pontes da cidade.

• Enquanto os filhos de Francesca descobrem o que se passou naqueles dias, os espectadores acompanham uma bela — e sensível — história de amor.

Mas será que ela só foi tão bela por ser impossível de se concretizar? Nas palavras de Eça de Queirós, “o amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam”.

De um jeito ou de outro, um encontro é marcado por olhares e toques acidentais. Por diálogos que acabam na descoberta de compatibilidades e na confiança de compartilhar sentimentos.

• Muitas pessoas passam uma vida inteira em busca dessa conexão sem jamais encontrá-la. Outras, pensam que ela sequer existe.

Se a vida já te presenteou com esse toque que arrepia a alma, sinta-se privilegiado. Ainda que não tenha durado pra sempre, a lembrança do instante continuará pairando na eternidade.

Uma história que não aconteceu

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

Quem aí já acordou no meio da noite e, ao voltar a dormir, retornou para a mesma cena do sonho? Estranhamente, isso tem acontecido com a Paula com certa regularidade.

• Em alguns casos, coisas sem sentido. Em outros, momentos compartilhados com pessoas do seu passado.

E foi nesse cenário que ela acordou numa segunda-feira, dia 27 de novembro. Data que antecede uma forte lua cheia em Leão, conhecida como o dia do amor, também da alma gêmea.

Embora a vontade de entrar em contato com um dos personagens dessa história fosse enorme, ela recuou. E resolveu escrever um e-mail pro the stories.

• Segundo a Paula, de certa forma, sua escrita fará com que essa história não morra. Em suas palavras, “colocar pra fora deixa as memórias vivas”.

Voltando pro sonho — ou pro passado —, os olhos de Paula e do Renato se cruzaram na pista de dança. Conversaram muito, mas já estava tarde e ela não queria ir embora da festa com um desconhecido.

O primeiro beijo foi o mais arrebatador da vida da Paula, e eles não se desgrudaram mais. Se viam diariamente e, quando não estavam juntos, faziam do telefone um instrumento valioso.

• Juntos, descobriram e experimentaram muita coisa. Entre elas, a mais importante foi o amor.

Apesar disso, os dois eram muito jovens e a imaturidade também se fez presente em muitos momentos. Em uma dessas, a Paula decidiu terminar com o Renato — e nunca voltou atrás.

Na adolescência, teve outros namorados e paixões. Viveu momentos gostosos e frios na barriga, mas tem certeza que nunca experimentou nada igual ao que sentira pelo Renato.

• Muitos anos depois, vivendo uma forte crise matrimonial, a Paula resolveu procurá-lo. Com o coração saindo pela boca, tentou o antigo telefone.

A mãe de Renato não quis dar o contato dele, mas o avisou da ligação. Quando ficou sabendo, imediatamente, ele retornou.

No telefone, eles confessaram que nunca haviam se esquecido e que ainda se amavam. Mesmo assim, entenderam as dificuldades do momento e resolveram não se encontrar.

• Durante muitos anos depois dessa ligação, a Paula e o Renato mantiveram contato trocando e-mails.

Contavam da vida, dos filhos, das dificuldades financeiras e sentimentais. Lamentavam do tempo passando rápido, dos desencontros e do sentimento que nunca se esvaía.

Ainda assim, a lembrança — que está sempre presente — mantém viva uma história que não aconteceu de fato, mas que nunca morrerá.

Como “Pontes de Madison”, ficou no quase de uma maçaneta que não foi aberta. Aquele “quase” que não foi a luz no fim do túnel, mas um dos vagalumes mais bonitos do caminho.

That feeling… 🫀

EDITOR'S PICK

A edição de hoje te fez revisitar algumas memórias? Em vez de sofrer pelo que passou, acolha os seus sentimentos, curta a nostalgia e siga as nossas dicas. 🥹

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6. Pra finalizar, o estagiário disse que essa música sempre consegue tirar ele da cama. 🕺

Ao nosso amor mundano

THOUGHT OF THE DAY

Não creio que o universo tenha conspirado a nosso favor (nem contra).

Nem penso que a lua ou as estrelas tiveram algo com isso, que se anotaram em seu caderno algo não foi sobre nós. Não estava escrito previamente, a gente mesmo que foi escrevendo, borrando, escrevendo de novo, esquecendo, lembrando.

Eu não estava pronto quando você chegou em minha vida, nem você estava pronto para mim. Não sei nem dizer se foi no melhor momento, a sua visita chegou quando minha casa e vida não estavam tão arrumadas como eu gostaria.

Não acho que as pessoas que amamos antes eram “as pessoas erradas” e você sim, a única certa.

Você vive encontrando outras pessoas certas pelo caminho, inclusive, mesmo que depois você mude de ideia. Assim falando pode parecer um pouco sem glamour, sem nada tão sacro, nosso amor mundano.

Não sei se em outras vidas te amei, não sei se éramos uma formiga e outra uma capivara. Só sei que nessa vida, nosso amor não é a luz no fim do túnel. É um vagalume no caminho.

E isso é tanto que nenhuma transcendência nos faz inveja. Que um amor assim de pés descalços dança muito melhor no instante que na eternidade.

(texto da @genipapos)

😀😐🙁 Quão satisfeito você ficou com essa edição? Nos conte aqui.

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A próxima pode ser a sua 💌

FINAL NOTES

Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.

Envie para: [email protected]

Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…

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