boas mentes

boas mentes

bom dia. segundo gabriel garcía márquez, “o segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão”.

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EDITOR'S PICK

A Vic Ripper, que vocês já conhecem porque está volta e meia por aqui com suas colunas, lançou a terceira temporada do Pod Isso, Vic? — o programa que surgiu da caixinha de perguntas mais querida do Instagram.

É um papo leve e super descontraído sobre relacionamentos e alguns pitacos do que pode ou que não pode neles. Clique para assistir e se divertir com a Vic e suas convidadas.

Pacto eterno

FIRST THINGS FIRST

O trecho faz parte do último romance da Clarice Lispector, “Um sopro de vida”. Escrito às vésperas da sua morte, o livro foi de fato um sopro da vida da autora, que precisava escrever pra se sentir viva.

Nas primeiras páginas, o narrador já anuncia: “Escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz”. 

• Adentrando no trecho escolhido, Clarice entende que a paz de “envelhecer” anda de mãos dadas com a aceitação da solidão.

Usando as palavras de Orson Welles, “nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos”.

E quando ficamos sem companhia pra dividir a garrafa de vinho? Ou pior: e quando a gente divide a taça, mas o silêncio comprova que a solidão também aparece quando tem algum “estranho” ao nosso lado?

• A verdade é que Orson Welles tem razão: mesmo acompanhados, estamos sempre sozinhos.

Ainda que você tenha um grande amor ao seu lado — pra dormir de conchinha e dividir o cobertor —, quando ele vai dormir, são só os seus pensamentos que te acompanham.

Começando com Clarice e finalizando com Gabriel García Márquez, “o segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão”.

Fé na vida

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

O avô da Raíssa era uma pessoa de fé. Fé pela vida, fé pelas pessoas que ele amava, fé pela força do trabalho honesto e uma fé inquestionável por Nossa Senhora Aparecida.

• Ela nunca conheceu alguém tão devoto e afirma com convicção que aprendeu a ter fé com ele.

Cresceu ouvindo histórias das suas romarias a cavalo e a pé para Aparecida do Norte. Viveu rodeada pelas festas cheias de tradição em seu sítio e até aprendeu algumas orações em latim.

A Raíssa lembra de sempre arrumar motivos para dormir com seus avós aos finais de semana. Ela arrumava motivos só pra chegar na casa deles — e ver o seu avô aguardando na varanda.

• Ela também se lembra das inúmeras vezes em que acordou no meio da noite e pediu colo depois de um pesadelo.

Recorda das tardes inteiras que eles passavam no quintal, que era um cenário de encontros e despedidas.

A Raíssa contava da sua vida, fazia piada e tentava arrancar um sorriso do seu avô. Ela sempre falava que o amava, e recebia de volta um: “eu também, meu coraçãozinho”.

• Na benção de cada despedida, ele desejava pra ela um “boas mentes” porque sabia que não existe bem mais valioso do que o nosso pensamento.

E ele odiava tanto despedidas que sempre ficava na varanda vendo os netos irem embora de carro. A Raíssa também tinha dificuldade com o “adeus”, e vivia pela ânsia do reencontro.

Mas esse tempo se congelou em uma tarde no consultório médico. Seu avô descobriu um câncer maligno raro, e ela rezou e pediu para o tempo continuar congelado.

• Mas o tempo não ajudou. Em pouquíssimos meses — no dia de Nossa Senhora Aparecida —, seu avô descansou.

Não foi fácil. A Raíssa se fechou em seu silêncio. Queria que o tempo acelerasse e, por muitos meses, não conversou sobre o barulho estrondoso que era a ausência do seu avô.

A Raíssa continua sentindo a ausência do seu avô todos os dias. Hoje, a falta não faz mais tanto barulho quanto antes, mas ela continua fechando os olhos e pedindo a benção.

• Ela queria que o seu avô soubesse que, a cada dia, ela tenta se tornar mais forte e corajosa. E que se lembra dele quando vê girassóis.

Ela também queria deixá-lo tranquilo, garantindo que cuida muito bem da vovó. E queria agradecê-lo pelo desejo diário de “boas mentes”.

Por ter convivido com seu avô, ela carrega a certeza de que estará sempre abençoada. Se a “nossa mente é o nosso lar”, o lar da Raíssa está repleto de memórias lindíssimas.

UNBOXING POWERED BY INSIDER

Lembra quando a moda era usar aqueles sutiãs de bojo desconfortáveis? Pois é, aqui sou eu de novo — estagiária do the stories —, relembrando desses perrengues da adolescência.

Mas, agora, os tempos são outros: trocamos o salto pelo tênis, usamos t-shirt no trabalho e na balada e ✨ o underwear que nos deixa confiante é também o que traz mais conforto. ✨

Depois de muito ouvir falar, finalmente experimentei as lingeries da Insider: com calcinha e sutiã que são super estilosos, confortáveis e ainda têm uma tecnologia anti odor e antibacteriana.

👕🩳 Ah, a marca do momento também tem cuecas — para o namorado, pai e irmão — e vai além das roupas íntimas, com camisetas, calças, vestidos e acessórios nessa pegada clean e confortável.

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Buscamos em alguém o que queremos amar

PITACOS FEAT. LUISA MEIRELLES

Foi em uma prateleira da Daunt Books, em Londres, que o nosso encontro aconteceu. 

Li a sinopse e comecei a me dizer que sim. “Their eyes were watching god” o clássico de Zora Neale Hurston me deixou com um jeito novo de pensar o amor e com uma vontade grande de escrever esse texto.

A história é de Janie Crawford, uma mulher que deseja amar. Seus três casamentos, a forma que ela viveu cada um deles e a escolha do seu parceiro revela o que ficou tão forte em mim: 

• Muito além de um parceiro ou uma parceira, quando amamos alguém, estamos escolhendo o que queremos amar.

O olhar que a gente quer ter para o mundo. A língua que queremos falar. Os valores para sentir a vida. O jeito que a gente quer passar as tardes de domingo. A pessoa que a gente ama é um pouco do que a gente quer viver. 

Nas primeiras vezes em que sonhei com o amor, as comédias eram românticas demais. O casamento era o fim em si mesmo. O “para sempre” nunca era começo, mas parecia chegar adormecendo… Amortecendo as descobertas, as transformações, o mistério, a esperança.

Eu já pensei que precisava ser escolhida. Meu desejo era por aprovações.

O que eu li naquele livro e descobri vivendo a minha vida é que a gente pode amar para começar. Buscar o encontro que não é só com alguém, mas com o jeito que queremos ver (e viver) o mundo. 

• Nos descobrirmos e nos libertarmos porque amamos. Longe das conformidades, das expectativas, das normas e formatos.

Eu quis amar o jeito que o meu amor prefere comprar CD’s a ouvir música no Spotify. O carro antigo, herança de duas gerações, com tomates bem vermelhos pra morder na beira da estrada. O olhar atencioso para o outro, o jeito que ele fala que os iates no porto sempre atrapalham o pôr do sol. E que ele gosta que eu gasto dinheiro demais com flores. Os pequenos instantes que a gente sente que acariciam a alma.

A gente pode amar um amor que
não consegue ser para sempre
porque sempre vai ter jeito de começo.

Alguém que tenha
simplesmente
mania das coisas
que nos apaixonam
e desejos
que nos fazem sorrir.

Sua marca é a cara do the stories?

RECADINHO DA EQUIPE

Histórias de amor que emocionam, relatos, dicas e poemas inspiradores. Por vezes, tudo isso nos faz sentir que não poderíamos estar em lugar melhor em um domingo se não no conforto do sofá ou de um café lendo o the stories.

E bom… A sua marca pode ser a próxima a aparecer nas nossas edições. Na hora de produzir conteúdo, saber contar boas histórias e passar credibilidade é essencial, e nisso somos especialistas.

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Domingou 😎

EDITOR’S PICK

Já está no clima aí? Aproveite o domingo, sinta o calorzinho da nossa edição e siga as nossas dicas. 🫶

1. Pra começar daquele jeito, aqui está uma receita de Aperol Spritz pra curtir o drink do momento sem ter que sair de casa. 🍹 

2. Gostou da foto que ilustrou o texto da Luisa? Ela foi um take da Olivia Mucida, que poetiza a vida e a moda em seus vídeos. 🔥👀

3. Já que a gente citou Gabriel García Marquez, a nossa dica é esse livro super reflexivo — e não tão hypado —, “Memórias de minhas putas tristes”. 📚

4. Pra viajar e aprender sem sair do sofá, aqui estão 5 filmes que mostram culturas compleeeetamente diferentes da nossa. 🍿

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A próxima pode ser a sua 💌

FINAL NOTES

Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.

Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…

the stories.cc 🧸

Nem sempre com finais felizes, mas sempre verdadeiras. Histórias de quem realmente sentiu algo sincero, diretamente entregues na sua caixa de entrada.

até domingo que vem!

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