- the stories
- Posts
- céu nublado
céu nublado
bom dia. como já dizia fernando pessoa, "um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. ambos existem; cada um como é."
céu nublado
bom dia. como já dizia fernando pessoa, "um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. ambos existem; cada um como é."
Cada um como é
FIRST THINGS FIRST
(Imagem: John Constable)
Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um como é.
- Fernando Pessoa
Já reparou que a nuvem sempre é usada como metáfora para situações negativas? Um dia feio é um dia nublado. Se as coisas não parecem boas, dizemos que não há nuvens no horizonte.
A única coisa bonita da nuvem é o seu contorno cintilante. Mas isso não é a nuvem, é o sol brilhando atrás dela.
Tá, sabemos que os raios solares auxiliam na produção de endorfina e serotonina — os famosos “hormônios da felicidade”—, mas o nosso psicológico também contribui pra transformar a nuvem nesse “vilão meteorológico”.
Indo na contramão, o pintor inglês John Constable (1776-1837) gostava de retratar o céu. E não um céu azul com raios de sol. Um céu nublado! Um céu denso e carregado de nuvens.
Mas ao contrário da crença geral, o céu nublado de John Constable não era sombrio. Suas nuvens eram belas, alegres e descontraídas.
Assim, admirar um de seus quadros é como voltar pra casa depois de uma viagem longa e descobrir que a nossa cama é o melhor lugar do mundo. Ou encontrar um conhecido “sem graça” e engatar em um papo interessante.
Admirar os quadros de John Constable é ver algo muito familiar — um céu nublado — e, ao mesmo tempo, ver algo pela primeira vez.
Aprender a admirar um céu nublado é aprender a enxergar o mundo de maneira diferente. É transformar o “sem graça” em algo maravilhoso. É trocar o mau humor pela curiosidade.
No final das contas, um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Admirando os quadros de John Constable ou seguindo os ensinamentos de Fernando Pessoa, ambos existem; cada um como é.
Como transformar suas milhas em viagens
APRESENTADO POR SMILES
Você sabia que a compra online que a gente ama ou o Uber que usamos no nosso dia a dia podem nos levar para nosso próximo destino?
Mas se ainda não sabe por onde começar, fica tranquilo que temos uma dica de ouro para você.
🧡 É o Te Levo de Milhas, o hub de conhecimento da Smiles, programa de fidelidade da GOL — que te mostra na prática todas as oportunidades para juntar ou usar milhas e viajar cada vez mais.
Então, sim... se você vai comprar um celular, um tênis de corrida ou produtos de skincare ou costuma usar créditos Uber, tudo isso pode ser adquirido na plataforma Smiles e aumentar o seu saldo de milhas.
E se quer conhecer mais sobre esses e muitos outros benefícios da mais completa plataforma de viagens, embarque com o Te Levo de Milhas.
Espera Feliz
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL
(Imagem: Pinterest)
Já faz um bom tempo que a Talita tenta encontrar as palavras certas pra escrever a sua história, porque ela não pode ser contada de qualquer jeito. Sabe quando você quer que seja especial?
Então, pra começo de conversa, ela nasceu em uma cidade bem pequena chamada Espera Feliz, onde viveu por 23 anos.
Sempre foi muito sentimental e emotiva, compartilhando desse amor pela vida com a sua mãe, Eliane.
Mas Eliane não era uma mãe qualquer. Ela era A mãe. Daquelas que pensava em tudo, planejando cada detalhe pra agradar todos ao seu redor. Sempre fazendo mais para os outros do que pra ela.
Em todo aniversário da Talita, sua mãe a acordava às 08:30 para ser a primeira a dar parabéns. E aí ela fazia pizza para o almoço e bolo de chocolate no lanche da tarde. Seus preferidos.
Eliane era uma excelente cozinheira. Segundo ela, o segredo era cozinhar com amor. Ah, ela também dizia que quem estava com fome nunca acharia ruim a comida, pois a fome é o melhor tempero.
Mesmo quando a vida não ia muito bem, a Talita lembra de ouvir a sua mãe dizer: vai dar tudo certo. E sempre dava mesmo.
Elas amavam assistir filmes de amor e drama, principalmente os “baseados em fatos reais”. Faziam isso petiscando biscoitos de nata ou doce de abóbora com lascas de coco.
Aos sábados de tarde, elas amavam passear no centro da cidade, parando na loja de fotografia pra revelar algumas fotos. Ah, sentar na lanchonete pra pedir coxinha, kibe e suco de laranja também.
A mãe da Talita foi quem a inspirou a querer conhecer o mundo, ser uma pessoa melhor e fazer o bem todos os dias. Mesmo vivendo no interior, incentivou a filha a trabalhar duro e ir em busca dos sonhos.
Assim, aos 23 anos, a Talita saiu de Espera Feliz pra viver no Rio de Janeiro. Foi difícil deixar a família, mas ela precisava partir.
Depois de 10 anos morando longe, em setembro de 2020, ela deu o primeiro passo pra abrir o seu próprio negócio. Depois de vários desafios profissionais, a vida parecia estar caminhando.
Até que, uma semana depois, sua mãe descobriu um tumor. Era câncer, e foi tão devastador que ela só teve mais 6 meses de vida.
Talita sempre gostou de imaginar a sua vida como se fosse um filme. E naquele momento, ela queria muito que a morte da vida real fosse como naqueles filmes que as duas costumavam assistir.
Onde as pessoas têm tempo para fazer tudo aquilo que gostariam de fazer juntas. Onde elas se despedem com palavras bonitas.
Mas na vida real não é assim. Quando a Eliane se foi, a Talita estava no hospital, e pensou de verdade que morreria junto com ela. Sentiu uma dor inexplicável, dessas que perfuram o nosso corpo.
Mas ela acha que só conseguiu passar por tudo isso porque a sua mãe a ensinou a ser forte. A ensinou a enxergar beleza no céu nublado, no café ficando pronto e no biscoito de nata no meio da tarde.
Ela demorou pra escrever essa história porque sabia que as lágrimas iriam escorrer. Mas, hoje, a Talita não quer mais ficar triste. Isso é injusto com a Eliane, que fazia de tudo pra vê-la feliz.
Ela queria que a sua mãe estivesse aqui pra ver onde ela chegou. Suas conquistas, seu casamento, seu sucesso profissional.
Mas nem toda história tem um final feliz. Por isso, hoje, ela só quer agradecer e lembrar da mãe maravilhosa que teve por 32 anos. Só isso já vale mais do que uma vida inteira.
Se a Eliane pudesse escutar a Talita, ela gostaria de falar pra ela que sempre lembra da sua voz dizendo: Deus te proteja, te guarde e guie, minha filha. E ainda se sente segura e protegida.
Ela poderia escrever um livro inteiro pra falar da sua mãe, mas prefere finalizar com Carlos Drummond de Andrade, “mãe não tem limite, é tempo sem hora e luz que não apaga. Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.”
Ficou curioso pra ver a Talita e a Eliane? Elas já apareceram no nosso Instagram. 🧸
Slow Morning 🕯
EDITOR’S PICK
(Imagem: VSCO)
Domingo com calma. Aproveite a preguiça, prepare um café da manhã gostoso e se delicie com as nossas dicas! 🤌
Falando em se deliciar, a estagiária experimentou essa receita na semana passada e disse que ficou de-li-ci-o-sa! 😋
Tudo em família. O novo episódio do Podcast da Vic foi um dos mais especiais — e hilários — da temporada. 🎧
Arte, cinema e amor. Se você gosta dessa combinação, precisa assistir esse documentário. 🍿
Ai que delícia o verão. Pra quem já está pensando nos looks praianos, aqui estão 16 marcas de biquíni que prometem bombar na temporada. 👙
É de arrepiar. Organizado pelo próprio Fernando Sabino, o livro Cartas perto do coração apresenta sua troca de correspondência com Clarice Lispector. 📚
That first look. Existe cena mais emocionante do que essa aqui????? 🥹
Minha história de amor (ou horror, entenda como quiser)
CARTA ABERTA
(Imagem: Carrie, 1976)
Oie! Estou enviando a minha história pra vocês pois sou uma leitora assídua do the stories, mas acabei de terminar — e confesso que as histórias felizes têm me deixado com um pouquinho de inveja.
Me sinto pouco representada. Poxa, o amor também dá errado. E bem errado. É bom saber disso. Conforta quem está passando pela mesma dor e alivia quem ainda vai passar e lembrar “ah, não sou só eu”.
Enfim, eu estou participando de um daqueles eventos canônicos, aquelas experiências que todo mundo vai passar uma vez na vida. Um evento canônico se torna canônico quando as pessoas da roda falam: “ah, relaxa, isso acontece com todo mundo.”
Bom, no meu caso, como não consigo fazer pouco caso das coisas, estou sofrendo muito de amor. Aquele sofrimento que você fica sem fome, sem ânimo e se vê chorando às 7h da manhã com a cobradora do ônibus te olhando com cara de pena.
Mas falando sério, é uma experiência muito diferenciada. Eu já tinha sofrido por alguns casinhos, mas passava rápido. Agora é por um ex-namorado. Meu primeiro namorado. Que virou um completo estranho.
Um dia eu vou contar tudo que aconteceu, mas no momento posso falar que quebra de confiança é uma coisa que dói muito.
Mulheres frustradas leem Bell Hooks, Ana Suy e escutam podcast da Lela Brandão para organizar as ideias. Já os homens — “nem todo homem mas sempre um homem” rs —, procuram satisfação fora do relacionamento.
Eu falei que não ia abrir o bico, mas não consigo. Lembrei da traição, e lembrei também que ele não gostava quando eu escrevia. Sempre falava em tom de deboche “você é muito sensível”.
E o pior é que, depois de tudo, eu que tive que terminar. Como sempre, eu tive que fazer a parte difícil e responsável da relação. E não estou querendo dizer que eu sou perfeita. Errei muito, mas sempre dei o meu melhor pra fazer dar certo.
Enfim, nem era aqui que eu queria chegar. Eu queria falar sobre as experiências do processo de superação. Uma hora você odeia aquela pessoa e nunca mais quer vê-la na vida. Outra hora está chorando de saudade. Uma hora você morre de raiva. Oura hora você quer mandar mensagem só pra saber como ele está.
Você já sabe que não vai voltar, porque aquilo não faz mais sentido. Mas desapegar da rotina é muito difícil. Uma hora você leva alguém pra dormir na sua cama, e no outro dia chora desesperada porque a pessoa não era ele. Aí você troca a roupa de cama, e finge que nada aconteceu.
Eu não consigo terminar esse texto nunca. Sempre lembro de alguma coisa que tenho pra dizer. Mas acho que, por enquanto, a última coisa é essa: eu vou ficar bem.
Nós vamos ficar bem. E depois vamos ficar mal de novo. E assim é a vida, um chora e ri, um ama e sofre, uma coisa muito doida. Isso que é viver. É ter coragem de abrir o coração para o amor.
Então não, a culpa não foi minha por confiar, acreditar e amar. Eu dei o que tinha pra oferecer. Viver é ter coragem de rasgar o peito e mostrar quem se é de verdade. Então, daqui a pouco, eu vou dar adeus pra esse sofrimento. Deixa ele passar aqui e marcar mais uma parte da minha vida.
É isso, qualquer coisa estou por aqui tomando um café e saindo da fossa. Beijos aos amantes, aos amados, aos desamados e a quem vai ler a minha história. Beijos e até a próxima história de amor (ou horror).
Com carinho,
Júlia.
POST DA SEMANA
O que você achou da edição de hoje?Você pode explicar o motivo depois de votar |
🎟️ Quer divulgar seu negócio conosco? É só clicar aqui.
A próxima pode ser a sua 💌
FINAL NOTES
Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.
Envie para: [email protected]
Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…
the stories.cc 🧸
Nem sempre com finais felizes, mas sempre verdadeiras. Histórias de quem realmente sentiu algo sincero, diretamente entregues na sua caixa de entrada.
A cada história uma emoção. Sempre aos domingos de manhã, às 08:08.
até domingo que vem!
Sempre chegamos a sua caixa de entrada por volta das 08:08. Alguns servidores de e-mail são teimosos e atrasam… Outros são piores ainda e nos jogam para o spam e/ ou promoções. Sempre que não nos encontrar na caixa de entrada, procure nessas duas.