diálogo

domingo, 28 de março: amar é aprender a falar o idioma do outro. quando um casal deixa de existir, também há uma língua que se extingue.

amar é aprender a falar o idioma do outro. quando um casal deixa de existir, também há uma língua que se extingue.

Fonte de mal-entendidos
FIRST THINGS FIRST

(Imagem: Normal People)

A linguagem é uma fonte de mal-entendidos

Antoine de Saint-Exupéry

A frase citada aparece no livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, e reflete um dos temas centrais da obra: a dificuldade de comunicação entre as pessoas.

No livro, a raposa diz ao príncipe que palavras nem sempre conseguem expressar sentimentos profundos, reforçando a ideia de que a compreensão vai além da linguagem verbal.

Escutar e entender o outro é como aprender um novo idioma, mergulhar nas palavras e dar atenção ao que não foi dito.

A linguagem, com toda a sua beleza e complexidade, é também um véu que esconde tanto quanto revela. As palavras tentam capturar sentimentos, mas muitas vezes os aprisionam em significados imprecisos.

Entre o que se diz, o que se quer dizer e o que se entende,  um abismo onde nascem os desencontros.

  • Assim, os corações que sabem escutar além das palavras encontram caminhos onde a linguagem falha, e o que é verdadeiro se faz entender sem necessidade de tradução.

Mas como bem disse Leandro Karnal, “o dramático do mundo atual é que aumentamos tanto a comunicação que ela corre o risco de se tornar irrelevante. Talvez por isso a gente digite tanto: não há mais nada a dizer.”

Em um relacionamento, a língua pode ser um muro ou fio condutor. Pode ser nó que aperta, ou laço que une.

Ouvir é um ato de carinho, é permitir que o outro seja visto e dar espaço para que sua voz encontre morada. Quando há diálogo, há cura, encontro, crescimento e amor.

Como já dizia Nelson Rodrigues, “a maioria das pessoas imagina que o mais importante no diálogo é a palavra. Engano: o importante é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem e entram em comunhão.”

Saudade daquela pessoa ou da cama dela?
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Você sabe se comunicar?
ENQUETE DO THE STORIES

(Imagem: We Heart It)

Todos nós sabemos que manter um bom diálogo é essencial pra fazer um relacionamento perdurar no tempo. Mas, como nem todo mundo domina essa arte, queremos saber de vocês:

Você sabe se comunicar?

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O inverno que mudou a minha vida
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

(Imagem: VSCO)

A história da Eduarda e do Gustavo começou há alguns anos. Foi quando uma carioca e um paulista se esbarraram a muitos quilômetros de casa.

Eles se conheceram no intercâmbio. Ela tinha acabado de perder seu pai para um câncer e terminado um relacionamento que a deixou muito machucada. Sua vida era só caos.

  • Pra Eduarda, o amor parecia algo distante demais do possível, e tudo que ela tocava parecia desaparecer.

Seu intercâmbio era pra ter acontecido dois anos antes, mas a pandemia atrasou os planos. Após várias tentativas frustradas de embarque, ela mudou o seu intercâmbio de 6 pra 3 meses, de 2020 pra 2022, de Vancouver pra Toronto.

Hoje, ela gosta de pensar que essa história “não era pra ser”, mas, no fundo, precisava acontecer.

Muito controladora e obcecada pelos detalhes, Eduarda decidiu que abriria mão disso tudo. Viveria sem se preocupar com nada — até porque aquilo não era real. Um intercâmbio é como um mundo de fantasia.

  • Após se perder no prédio do colégio e entrar na sala errada, ela conheceu um grupo de brasileiras. Sentiu-se acolhida.

Uma delas iria embora no dia seguinte, e a convidou pra uma despedida em um bar, naquela mesma noite. Apegada à possibilidade de conhecer pessoas novas, Eduarda topou.

Nesse dia, ela conheceu o Gustavo. Mas, ao contrário dela, que tinha acabado de chegar, ele iria embora em 9 dias.

  • Eduarda lembra que ele estava de máscara, e ela só conseguia ver seus olhos. Eram lindos, os mais lindos que ela já viu.

Não trocaram nenhuma palavra à noite toda. Ele sentou do outro lado da mesa, com uma amiga. Eduarda conheceu outras pessoas, conversou com outros meninos e fez outras amizades.

Até que, dois dias depois, eles se reencontraram em uma festa no apartamento de um amigo em comum. Nesse dia, Gustavo teve coragem de conversar com ela — algumas doses de gin ajudaram.

Eduarda não lembra exatamente como o laço entre eles se formou tão rápido, mas lembra que eles sabiam conversar. Conversavam sobre tudo, com pausas, silêncio e muita escuta.

Ele apresentou pra ela o seu donut favorito, e a fez provar cheesecake pela primeira vez. Eles brincaram na neve, patinaram no gelo e tomaram chocolate quente. Ele a acompanhava até o metrô, e só ia embora quando o ônibus partia.

  • Eduarda lembra da primeira vez que olhou para os olhos azuis do Gustavo naquela viagem — principalmente durante o pôr-do-sol.

Os dois sabiam que aquilo era uma fantasia, um mundo encantado que criaram. Nem lá e nem em qualquer outro lugar do mundo eles ficariam juntos. Mas tudo bem. O importante era viver aquilo.

Foram alguns dos dias mais felizes da Eduarda, mas ela teve que encerrar o capítulo e se despediu com as seguintes palavras: “espero te encontrar algum dia, em algum lugar do mundo”.

Dois anos se passaram desde então. Os dois perderam praticamente todo o contato. Ele em São Paulo, ela no interior do Rio. Estiveram com outras pessoas. Terminaram e começaram relacionamentos. Foram pra faculdade. Ela se mudou pra capital. Viveram realidades diferentes.

  • Não havia amigos em comum, nada sobre ele chegava até ela. Nada sobre ela chegava até ele.

Até que, em um dia qualquer, Eduarda viu que Gustavo tinha pedido pra segui-la no Instagram. Ela, que nunca gostou de redes sociais, ficou até feliz de receber a notificação.

Os dois conversaram sobre o que tinham de novo na vida. Aquela conversa profunda de alguns anos atrás, que logo fez Gustavo comprar uma passagem pro Rio de Janeiro.

Após 1 mês se falando todos os dias, passaram o final de semana juntos. Nesse dia, Eduarda já era capaz de dizer que o amava — isso era algo comum entre eles, intensos demais.

  • Quando Gustavo voltou pra casa no domingo, já contava as horas pro próximo encontro, que aconteceria muito tempo depois.

Mas a saudade foi tão grande que ele a convidou pra uma viagem pra praia, em um feriado qualquer. Eduarda tinha mil compromissos, mas queria tanto que fez dar certo.

Ele dirigiu de São Paulo até a casa dela no interior — 8 horas de viagem. Antes de irem pra praia, Gustavo conheceu a mãe da Eduarda, que mandou pra ela no WhatsApp: “um gatinho e super educado.”

O final de semana foi apaixonante. Comeram, caminharam e conversaram. Ela pediu pra ele contar um segredo, e se derreteu ao vê-lo pensar em algo constrangedor e secreto pra dividir com ela.

  • Dormiram e acordaram juntos. A vida parecia parar pra eles viverem aquilo. Como um mundo secreto que ninguém mais conhecia.

Gustavo adora contar piadas, e Eduarda adora ouvir. São todas muito ruins… E tão engraçadas.

Ele a deixou em casa no domingo, e ela sabia que estava completamente apaixonada — e sentia que ele também estava na mesma página.

Era o terceiro encontro desde o reencontro, mas Eduarda precisava saber o que eles eram, pra onde iriam. Estavam fazendo vários planos pro futuro, mas que futuro seria esse?

Planejou deixar a conversa pro último dia da viagem, mas não aguentou. Falou o que estava sentindo, e eles resolveram tentar. O que eles tinham (potencial de ser) valia a pena.

A verdade é que Eduarda nunca sentiu o que sente pelo Gustavo. No aniversário dele, ela escreveu:

“Gustavo, a verdade é que eu nunca me senti tão feliz. Tão sortuda. Tão cheia de sonhos. Tão escolhida. Não existem marés de azar suficientes que me convençam de que eu não sou absolutamente abençoada por qualquer força divina ou cósmica que exista. Você cruzar meu caminho é a minha maior certeza de que as coisas podem sim dar certo pra mim. Que finais felizes existem.

Todos os dias, eu descubro algo novo em você que é absolutamente surpreendente e apaixonante. Eu sempre soube que admirar a pessoa que a gente escolhe é a coisa mais importante pra um relacionamento, e eu te admiro tanto! Admiro seu jeito doce, carinhoso e sensível. O jeito que você se preocupa e se doa, seja com quem você ama ou quem você nem mesmo conhece. Admiro o jeito que você simplesmente lembra de mim e zela por nós. Admiro cada detalhe seu, até os que você acha que deveria esconder.

Obrigada por curar tantas coisas em mim. A maioria sem nem mesmo perceber. Obrigada por ser casa, ainda que distante. Espero dividir cada momentinho feliz contigo. Ver o mundo pelos teus olhos. Espero poder te ver chorar, sorrir, vencer e superar cada nova fase e desafio. Prometo ser teu colo e teu conforto, não importa o momento. Prometo torcer por você e acreditar em cada sonho, sem pensar duas vezes.

Você é o grande amor da minha vida e não sei se algum dia desejarei tanto sucesso e felicidade para alguém quanto desejo pra ti. Você é o homem que eu queria muito ter apresentado pro meu pai.

Eu te amo todas as vezes que você me dá bom dia e todas as vezes que nos despedimos aos domingos. Te amo todas as mil vezes que digo durante o dia, e prometo te amar por todas as outras centenas de milhares que direi. Que sorte a minha ter você. Feliz aniversário!”

Entre aeroportos e rodoviárias, com muita estrada e muitos sacrifícios, eles encontraram um jeito de ficar juntos. Achar o amor é sorte. Se abrir pra ele é coragem.

Ficou curioso pra conhecer a Eduarda e o Gustavo? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸

Sunday love 🫀

EDITOR’S PICK

(Imagem: Pinterest)

Chegou o dia mais romântico da semana. Aproveite o clima da edição, siga as nossas dicas e seja feliz! ✨

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Dois estrangeiros tentando se comunicar

CARTA ABERTA

(Imagem: Tumblr)

Meu bem,

Hoje, possivelmente completaremos uma semana sem brigar. Não acho que seja pouca coisa, já que desde a primeira, nossas brigas sempre foram com as palavras. E palavra é coisa séria, mas tenho acreditado ultimamente que também é coisa com que se pode brincar.

Nós nos conhecemos aos 27, com quase três décadas nadando nessa maré que molha as coisas e as pessoas de significado. Éramos certamente muito hábeis nesse nado livre (ou acreditávamos ser), muito fluentes nessas línguas que nos formaram.

Você chegou de uma galáxia distante, e o choque dos nossos planetas e estrelas sacudiu as estruturas que me sustentavam, desalinhou os chakras e as energias, bagunçou os astros. Imagino que o seu céu também deva estar um pouquinho mexido.

Disse que nossa briga era com as palavras, pois, pelo menos da minha parte, eu insistia em falar do jeito que sempre falei, de chamar as coisas do que sempre chamei e de tentar te convencer de que amor chama amor, sexo chama sexo, carinho chama carinho e namorada chama namorada. Você também tentava me persuadir, às vezes com cotovelada, chute voador e chave de braço. No fundo, a luta é com a gente mesmo.

Te disse que estou descobrindo o que fazer da minha fantasia, pois ela parece que fica sempre lá, mesmo quando a gente começa a atravessá-la. Se ela é uma gramática, quem sabe não seja possível que um verbo vire um substantivo ou que uma oração sem sujeito passe pra primeira pessoa do plural?

Nós, palavra engraçada, que é tanto a-gente-eu-e-você quanto nó-amarrado-bem-apertado-que-estrangula ou, talvez, laço que ata sem machucar e deixa perto o que gosta de ficar perto.

Se se morre e se perde muito no fim dos amores, estou vendo o nascer de coisas deliciosas nesse começo da nossa navegação estelar. Acho que nosso barquinho está ficando mais com a nossa cara e que estamos começando a falar das coisas num idioma novo.

Acho que somos como dois estrangeiros tentando se comunicar numa terceira língua que ainda não existe, mas que está sendo inventada na medida em que escolhemos que nome as coisas terão quando falamos um com o outro.

Você queria até mudar meu nome um tempo atrás, mas talvez o que não percebe é que já o tenha feito. Tem Virgínia no Fernando agora, irremediável. No final das contas, nem um nem o outro vão chegar a ser tão fluentes nesses nomes novos que prescindirão de alguém com quem falar deles. Falar sozinho é a língua da fantasia, e está aí, pra mim, algo de que prefiro abrir mão pra poder aprender a falar com você.

Te amo.

F.

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