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encontros e desencontros
dizem que o amor e a arte não abraçam o que é belo, mas o que justamente ganha beleza com esse abraço.
A nossa única salvação
FIRST THINGS FIRST
O quadro O Beijo de Gustav Klimt (1862-1918) é considerado uma das maiores criações da pintura ocidental. Após a morte do artista, a tela foi comercializada de forma massiva, mas pouco se falou sobre o significado por trás da obra.
Nem sempre é preciso pensar sobre o sentido da arte para apreciá-la, mas como vocês já sabem, a gente adora dar uma viajada — que muitas vezes nos leva a lugares bem distantes da pintura.
Voltando ao quadro... É possĂvel visualizar quase uma uniĂŁo de corpos, que reflete a intimidade e sintonia do casal. As roupas foram pintadas como se fossem mosaicos, causando a impressĂŁo de que, ao se abraçarem, os dois se tornam um sĂł.
Como as sensações que uma obra de arte transmite sĂŁo atemporais, em 2013, o artista Tammam Azzam usou a criação de Klimt como forma de protesto. Replicando-a digitalmente em um edifĂcio bombardeado na SĂria, Azzam quis lutar contra a guerra com uma pintura que fala de amor.
Nascido na SĂria e hoje refugiado em Dubai, o artista plástico buscou mudanças na sua forma de criar, evocando amor e desejo em um cenário onde a realidade passa longe disso. Pelas palavras de Azzam, com um gesto artĂstico Ă© possĂvel chamar a atenção das pessoas.
Enfim... a arte é mesmo a forma mais segura de fugir do mundo, mas, se soubermos como usá-la (ou interpretá-la), ela pode ser também o meio mais eficaz para questionarmos a realidade que vivemos — e mostrar que o amor é a nossa única salvação.
BASEADO EM UMA HISTĂ“RIA REAL
Vai ser minha namorada
Helena estava fazendo 15 anos e Vitor nĂŁo estava na lista de convidados para sua festa. Estudavam na mesma escola, mas nunca tinham conversado: ela era tĂmida e discreta, enquanto ele era o mais popular — e aparecido — da sĂ©rie.
Sem maiores pretensões, Vitor acabou conseguindo um convite — nada Ă© difĂcil quando se Ă© o "descolado" do ensino mĂ©dio, nĂŁo Ă© mesmo?
Quando chegou na festa, Helena o recebeu com um abraço — desses que acalmam, aquecem e nos fazem esquecer do mundo lá fora. Com um sorriso no rosto e um olhar doce, ela fez o “penetra” se sentir em casa.
Quando ela desceu pra valsa, Vitor disse sem pestanejar: vou namorar essa menina.
Para ele, o destino sempre foi obra da sua vontade que, naquele momento, tinha nome e sobrenome.
Deu certo. Entre flertes na escola e conversas de WhatsApp na madrugada, começaram a se envolver. Foram às festinhas do colégio, assistiram filmes — naquele tempo ainda não era Netflix — e dividiram, de mãos dadas, todas as aflições e angústias da adolescência.
Tudo parecia bem, até que Vitor resolveu ir de intercâmbio.
Madura e paciente, Helena foi a única que não pediu para que ele ficasse. Estava com o coração na mão, mas sabia dos sonhos do seu namorado e acreditava que o que era deles estava guardado.
Porém… Quando o intercâmbio passou, Vitor não voltou. Foi pra outra cidade, conhecer outras pessoas e deixou o que era pra ser em segundo plano — era hora de focar na sua vida profissional.
Os dois cresceram e amadureceram. Se envolveram com pessoas legais — outras nem tão legais assim — mas no final do dia sempre lembravam daquele “amor de infância” que ficou pra trás.
Vitor queria ganhar o mundo, mas no fundo sabia que nenhuma conquista seria mais prazerosa do que chegar em casa e contar pra ela como fora seu dia.
Já Helena, sempre soube o que queria. Mesmo distante, confiava em sua intuição — era só esperar que a hora certa ia chegar.
Como já dizia VinĂcius de Moraes, a vida Ă© a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. Mas essa desviada de percurso nĂŁo assusta quem carrega a certeza de um sentimento. Parece que quando se tem confiança do que Ă© seu, a vida se encarrega de (re)conectar os pontos.
Foi assim com os dois.
Era fevereiro — de alguns anos depois — e ele foi parar em outro lugar, em outra cidade, com outros amigos e a reencontrou.
Pensou que estava ganhando o mundo. Acontece que, quando a viu, seu mundo parou. Como se nada mais importasse e com seu jeito atrevido de ser, logo brincou: Vai ser minha namorada. Dessa vez, pra vida toda.
Ninguém escolhe por quem vai se apaixonar…
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Gostou do nosso #MomentoCult? Se a tela que separamos de Gustav Klimt te deixou com gostinho de quero mais, aqui estão outras obras do artista. 🎨
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A prĂłxima pode ser a sua đź’Ś
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