felizes são os loucos

Lost in Translation

FIRST THINGS FIRST

Sabe aqueles filmes que não têm efeitos especiais ou grandes produções, mas conseguem cativar pela forma como contam uma história? É esse o caso de Lost in Translation (Encontros e Desencontros).

Em alguns momentos da vida, é normal sentir que estamos “empurrando com a barriga” situações que não nos fazem feliz, talvez por isso seja tão fácil entender o olhar triste de Bob no elevador e o tédio de Charlotte em um quarto de hotel vazio.

Ambos estão muito longe de casa, não conseguem dormir pelo fuso horário e vivem uma paixão que não tem nome. Eles bebem juntos no bar, vão a um karaokê e dividem um almoço — e, no mundo concreto, não acontece muita coisa além disso.

• A soma desses momentos fazem do filme uma história sobre o que não foi dito — e que realmente não precisava de palavras.

Embora pareça uma narrativa marcada pela expressão cultural, Lost in Translation escancara o que é universal: a magia de se reconhecer no outro. Muita gente passa despercebido por nossa vida mas, vez ou outra, somos abençoados pelo milagre dos encontros.

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

Amor de verão

A Bruna sempre sonhou em viajar sozinha. Acreditava que a realização seria o auge da sua independência mas — por insegurança ou falta de férias —, acabava arrumando uma desculpa aqui e outra ali para adiar os planos.

• Em uma noite qualquer, depois de algumas taças de vinho e outras doses de frustração, ela resolveu que estava na hora.

Abriu o laptop e reservou um hostel em Sydney, na Austrália. Seriam poucos dias, mas nada parecia mais empolgante do que a ideia de aproveitar sua própria companhia do outro lado do mundo.

Ao desfazer suas malas, descobriu que na cobertura do hostel tinha uma balada e, mesmo com o cansaço da viagem, resolveu que daria uma passadinha por lá — mente aberta que chama, né? risos.

Depois de alguns shots, muita vontade de dançar e um DJ que tocou três das suas músicas preferidas, Bruna esbarrou em um rapaz loiro de olhos azuis e percebeu que o álcool tinha batido.

Descrente desses romances “de uma noite só”, Bruna foi dormir pensando que a paquera tinha terminado ali.

• Mas, no dia seguinte… Para sua surpresa, Richard bateu na sua porta e a convidou para jantar.

Andaram e pararam em um restaurante. Bruna gastou até o inglês e, quando se deu conta, o lugar já tinha fechado. Foram embora a pé, olhando as estrelas e ela ensinou para ele o pouco que sabia de astrologia.

E foi aí que os viajantes solitários perceberam que algumas aventuras seriam melhores com companhia. Fizeram algumas trilhas, tomaram banho de mar e finalizaram muitas noites no restaurante tailandês mais charmoso da cidade.

• Um dia antes de partir, Richard chamou a Bruna para ir em uma balada com seus amigos. Ela estava cansada e o dia chuvoso, então acabou dormindo sem olhar o celular.

Acordou às 4 da manhã, com uma mensagem dele — de 30 minutos atrás — se despedindo e dizendo que, graças à ela, Sydney fora inesquecível. Ela respondeu na hora e ele disse que também não conseguia dormir.

Antes de ir embora, ele olhou nos olhos dela e disse que os dois se veriam novamente. A Bruna até queria que fosse verdade mas, acreditava que, mudando a paisagem, o trem seguiria adiante.

• E assim retornou ao Brasil, esquecendo das suas loucuras de verão e voltando para sua rotina de escritório.

Algumas semanas depois… Numa noite em que tudo parecia estar dando errado, a Bruna recebeu uma mensagem de Richard, dizendo que eles deveriam se reencontrar.

• Coincidência ou não, depois da mensagem, o domingo mudou de cor.

O espírito aventureiro voltou pra alma de quem vivia fazendo escolhas racionais — e decidiu que estava na hora de escutar as emoções.

Hoje, a Bruna está na janela admirando a paisagem de Los Angeles, enquanto espera um loiro de olhos azuis acordar para fazer o café da manhã — e lembrá-la que, loucura mesmo é não seguir o coração.

Life is Now 🔥

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A próxima pode ser a sua 💌

FINAL NOTES

Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.

Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…

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Nem sempre com finais felizes, mas sempre verdadeiras. Histórias de quem realmente sentiu algo sincero diretamente entregues na sua caixa de entrada.