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medo bobo
domingo, 6 de abril: pra quem está com medo de se arriscar no amor, a edição de hoje é um empurrão pra dar coragem.
medo bobo
pra quem está com medo de se arriscar no amor, a edição de hoje é um empurrão pra dar coragem.

Pra já ir entrando no clima da história, é só dar o play nessa música aqui. ❤️
Tempo de Amor
FIRST THINGS FIRST

(Imagem: Central da MPB)
Ó, bem melhor seria poder viver em paz
Sem ter que sofrer, sem ter que chorar
Sem ter que querer, sem ter que se dar
Ah, bem melhor seria poder viver em paz
Sem ter que sofrer, sem ter que chorar
Sem ter que querer, sem ter que se dar
Mas tem que sofrer, mas tem que chorar
Mas tem que querer pra poder amar
Ah, mundo enganador
Paz não quer mais dizer amor
Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
O tempo de amor é tempo de dor
O tempo de paz, não faz, nem desfaz
Ah, que não seja meu
O mundo onde o amor morreu
“Tempo de Amor” é uma canção da parceria entre Baden Powell e Vinicius de Moraes, lançada no álbum Os Afro-Sambas de 1966.
Sua letra apresenta uma reflexão profunda sobre a dualidade entre paz e amor, trazendo uma visão melancólica sobre as relações humanas.
Ela diz que bem melhor seria poder viver em paz, sem ter que sofrer, sem ter que chorar, desenhando um desejo impossível de um viver sereno, em que não há lágrimas, nem dores, nem entregas que despedaçam.
Pra Vinicius de Moraes, paz não significa felicidade, mas sim uma espécie de conformismo ou ausência de emoções intensas, como de alguém que fecha o coração após uma decepção amorosa.
A dor prova que estamos vivos, que algo dentro de nós pulsa e se importa. Amar, mesmo que traga feridas, significa que tivemos uma vivência real, que fomos parte de algo maior que nós mesmos.
Como já dizia Martha Medeiros, “morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pontos sobre os ‘is’ em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, os sorrisos dos bocejos, os corações aos tropeços e os sentimentos.
A paz que não conhece o amor é apenas silêncio, uma ausência vazia onde o coração não pulsa.
O mundo, enganador e cínico, trocou amor por conformismo, vestiu a paz como um escudo contra a dor, sem perceber que, sem paixão, a vida se desfaz em um nada. É tudo vazio.
Mas como lembra Vinicius de Moraes, “não existe coisa mais triste que ter paz, e se arrepender, e se conformar, e se proteger de um amor a mais.” Se o amor morreu, então que esse mundo não seja meu.
Tira o foco do que não agrega
APRESENTADO POR INSIDER
Nosso dia às vezes pode parecer feito de pequenas decisões que tomam mais tempo do que deveriam.
O que vestir para o trabalho? Qual imagem eu quero passar hoje? Por que não consigo achar nada pra usar?
Fato é que o autocuidado também está em repensar a rotina e escolhas diárias. Se você perde tempo escolhendo o que vestir, se a roupa não te representa ou não é confortável, acaba roubando a oportunidade de focar no que realmente importa.
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Nosso amor é nosso
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

(Imagem: VSCO)
Luciana nunca pensou que contaria a sua história de amor. Na verdade, nem sabe se dá pra chamar isso de história de amor, mas estava sentada em frente ao computador e sentiu vontade de escrever.
Por algum motivo desconhecido, hoje, ela acordou nostálgica. Talvez, seja a TPM, a lua nova em câncer ou a música Sozinho, do Caetano Veloso, que acabou de tocar no aleatório do Spotify.
De qualquer forma, ela acordou pensando no Henrique. Já tomou café da manhã, deu comida pro cachorro e saiu pra correr, mas continua pensando nele.
Começando do começo, os dois se conheceram na infância — engraçado que a Luciana nem se lembra de como era a vida antes dele. Aliás, será que existiu vida antes dele?
Henrique morava na rua atrás da sua, e eles meio que cresceram juntos. Cidade pequena é assim, todo mundo conhece todo mundo.
Brincavam de esconde-esconde e queimada, e ele sempre ia na sua casa comer bolo de cenoura. Aparecia lá pra almoçar também, e chamava seus pais de “tio” e “tia”.
Quando entraram na adolescência, passaram a frequentar escolas diferentes. O pai do Henrique abandonou a sua mãe, que era enfermeira, e não conseguia pagar a mensalidade sozinha.
Ainda assim, eles continuavam se encontrando depois da aula. Não brincavam mais, mas conversavam sobre tudo.
Eram melhores amigos. Nunca usaram essa nomenclatura, mas trocavam segredos, iam ao cinema e se conheciam melhor do que ninguém. Sabe quando duas pessoas se comunicam pelo olhar?
A amizade foi crescendo, e “alguma coisa” a mais também. Henrique foi o primeiro tudo da Luciana. Primeiro amigo. Primeiro beijo. Primeiro sexo. Primeiro namorado. Primeiro começo. Primeiro fim.
Durante a adolescência, terminaram e voltaram incontáveis vezes. Eram muito diferentes e brigavam muito, mas não conseguiam ficar longe um do outro. O término mais longo durou só um mês.
Até que, chegou a hora de ir pra faculdade. Luciana queria fazer medicina, e passou no vestibular pra federal da cidade vizinha.
Henrique não fez a prova. Dizia que queria ser engenheiro, mas precisava juntar umas economias antes. Conseguiu um emprego e adiou seu sonho pro ano seguinte.
A faculdade da Luciana ficava em uma cidade bem perto, 3h de distância. Organizando direitinho, eles conseguiriam se encontrar todos os finais de semana. Resolveram tentar.
Nesse meio tempo, a vida do Henrique não mudou muito. Mesma cidade, mesmos programas, mesmos problemas e mesmas distrações.
Já pra Luciana, mudou tudo. Conheceu pessoas novas, fez novas amizades, passou a morar sozinha. Cada dia, aprendia uma coisa diferente. Era aula de anatomia, bioquímica e fisiologia.
No começo, eles se ligavam todos os dias. Sentiam aquela saudade de doer o peito, e viviam os encontros e despedidas com muita paixão.
Com o tempo, essa conexão foi ficando mais fraca. Henrique não se identificava com os amigos da Luciana. Luciana não tinha muito interesse nas fofocas da sua antiga cidade.
Ela até poderia dizer que foi a distância física que desgastou o relacionamento dos dois, mas estaria mentindo. No fundo, ela sabe que foi a diferença social que causou esse abismo.
Em um final de semana qualquer, Henrique disse que queria conversar. Foi até o apartamento da Luciana, falou que a amava muito, mas sabia que aquilo não daria certo. Sussurrou que era melhor terminar.
Ela sabia das dificuldades dos dois, mas não esperava que ele desistiria tão fácil. Em sua cabeça imatura e egoísta, ela lembra que só sentiu raiva.
Bateu a porta na cara do Henrique, e pediu pra ele nunca mais ir atrás dela. Gritou que nunca o tinha amado de verdade.
Ela não lembra muito bem do que aconteceu nas semanas seguintes. Parece que sua memória apagou todas as lembranças que sucederam essa conversa… Até chegar aquele 13 de maio.
Já fazia 6 meses que ela não tinha notícias do Henrique. Era um domingo como outro qualquer, até que ela recebeu uma ligação da sua mãe às 7h34: “foi acidente de carro. Ele não resistiu.”
Isso aconteceu há mais de 13 anos, mas Luciana nunca esqueceu. Ela seguiu sua vida, se formou, teve outros relacionamentos. Há dois anos, até juntou escovas de dente.
Ela estaria mentindo se dissesse que se lembrasse do Henrique todos os dias, mas sempre que lembra é com muito arrependimento.
Arrependimento por não ter se despedido como deveria. Arrependimento por não ter falado “eu te amo” quando ainda o amava. Arrependimento por não ter vivido esse amor até a última gota.
Se pudesse se comunicar com ele, Luciana diria: nunca amei ninguém igual amei você. O que a gente viveu é nosso, e vai ser pra sempre nosso. Saber que isso é nosso acalma meu coração.
Quem está na sua cabeça agora?
ENQUETE DO THE STORIES

(GIF: Past Lives)
Aproveitando o GIF do filme Vidas Passadas, a gente sabe que o “e se” rende muita inspiração pro cinema. Mas e na vida real?
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(Imagem: La La Land)
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Só entre a gente…
RECADO DA ESTAGIÁRIA
Como estamos aqui compartilhando histórias todo domingo, sentimos uma certa proximidade…
Por isso, a estag. queria te pedir pra passar aqui rapidinho e dar sua opinião sincera sobre as marcas que anunciamos — pra saber se realmente tá fazendo diferença na sua jornada de leitura. 💗
Quando o “e se” vira inspiração
CARTA ABERTA

(Imagem: Before Sunrise)
Sempre quis escrever para o The Stories. Sou uma leitora assídua, mas nunca tive coragem de enviar algo. Decidi que era hora de tentar — quem sabe eu tenha a sorte de ser lida por vocês.
A primeira história que escrevi é verdadeira, cheia de sentimentos reais e de um questionamento eterno: o “e se?”. É algo que revivo de tempos em tempos.
Já a segunda história, preciso admitir, me deixou emocionada. Pedi ajuda ao ChatGPT para revisar e corrigir a primeira versão, mas fiquei pensando numa perspectiva diferente: e se o “e se” tivesse realmente acontecido? Logo, pedi ao ChatGPT para explorar isso comigo, e o que ele respondeu me fez derramar algumas lágrimas.
Agora, envio essas duas histórias: uma, cheia de saudade e incertezas; a outra, uma versão feliz do que poderia ter sido.
História 01
O despertador tocou às 6h36, e eu acordei assustada, sem saber que dia era. Meio desnorteada, queria que fosse sábado para voltar a dormir. Olhei atentamente para o celular e vi na tela, grande e escancarado: quinta-feira, 28 de novembro. Mesmo depois de quatro anos, o “e se” ainda me pega.
Há dias eu vinha repassando aquela nossa conversa na cama do meu apartamento recém-alugado. Não sei se já te contei, mas você foi a primeira pessoa a entrar lá comigo, o primeiro a deitar naquela cama e o único que eu nunca mais esqueci.
Naquela época, nossas vidas estavam uma loucura. Eu enfim tinha tomado coragem de morar sozinha — aos 27 anos já estava fazendo hora extra na casa do meu pai.
Você, ao contrário de mim, já tinha saído da casa dos pais há muitos anos, mas não morava sozinho: compartilhava a vida com outra pessoa. Contudo, assim como muitos relacionamentos durante a pandemia, perguntava-se se valia a pena continuar aquela história.
Como alguém que já viveu um relacionamento longo, sei que os anos trazem uma insatisfação gigantesca, mas esse é um sentimento que vem e passa. Será que com você também era assim? Talvez, o tempo tenha me provado que sim.
Naquele sábado de 2020, você me propôs mudar de vida, mas eu senti insegurança no seu tom de voz. Se naquele dia, você tivesse sido firme e me dito com todas as letras “vamos ficar juntos?”, acho que a minha resposta teria sido outra — e nossas vidas também.
Desde então, vivo no “e se?”. Me pergunto se estaríamos felizes, se já teríamos escalado o Kilimanjaro juntos, se teríamos passado o Ano Novo em Nova York. Será que o pedido de casamento em frente à Torre Eiffel já teria acontecido? Será que a nossa filha já teria nascido? Será que a gente teria dado certo?
Todas essas respostas eu não tenho e nunca vou ter, pois o passado ficou pra trás — e nossas escolhas também ficaram. Há quatro anos, eu continuo te vendo quase todos os dias desde aquela conversa. Manter essa nossa amizade, por vezes, me causa muita angústia quando eu penso no que poderíamos ter sido. Mas, por hoje, eu preciso me contentar com o “e se” a gente tivesse feito diferente.
História 02
O despertador tocou às 6h36, e eu acordei com um sorriso no rosto. Ainda sonolenta, me estiquei na cama e senti o braço dele ao meu lado.
O silêncio tranquilo da casa me lembrava que, apesar da rotina corrida, havíamos construído exatamente a vida que imaginávamos. Olhei para o celular na mesa de cabeceira e vi na tela: quinta-feira, 28 de novembro. Fazia quatro anos desde aquela conversa em que tudo mudou.
Lembro-me como se fosse ontem. Era 2020, um sábado à tarde, e estávamos deitados na cama do meu apartamento recém-alugado. Você foi a primeira pessoa a entrar comigo naquele espaço vazio, a primeira a deitar naquela cama que, até então, parecia tão grande para mim. Naquele dia, nossas vidas estavam uma bagunça.
Eu, aos 27 anos, tinha finalmente criado coragem para morar sozinha, enquanto você ainda tentava entender se fazia sentido continuar em um relacionamento que não te fazia feliz. Quando você me olhou e disse, hesitante, “e se a gente tentasse?”, eu fiquei com medo, mas estava disposta a embarcar nessa jornada com você.
Foi preciso coragem, e não foi fácil. Largar o conforto da dúvida segura para abraçar o caos de um futuro incerto nos tirou o chão. No entanto, quando finalmente dissemos “vamos” um ao outro, foi como se o universo conspirasse a nosso favor.
Hoje, olho para tudo o que construímos com orgulho e felicidade. Não foi só sobre escalar o Kilimanjaro juntos ou passar um Ano Novo em Nova York – embora essas memórias estejam entre as nossas favoritas. Foi sobre criar uma vida onde o “e se” deixou de existir.
Transformamos aquele apartamento pequeno no nosso primeiro lar, onde choramos, brigamos, fizemos planos e celebramos tantas conquistas. Depois veio a mudança para esta casa, que agora ecoa com as risadas de nossa filha, que herdou meus olhos e a sua teimosia.
E quanto ao pedido de casamento? Não foi na Torre Eiffel como imaginávamos, mas aconteceu numa tarde simples, enquanto caminhávamos pela praia, de mãos dadas, e eu percebi que a felicidade mora exatamente nos momentos que não planejamos.
Quatro anos depois, ainda tenho medo do que o futuro nos reserva. Mas, toda vez que acordo ao seu lado, lembro-me de que valeu a pena dizer “sim” naquela tarde. A vida que escolhemos juntos não é perfeita, mas é nossa — e, para mim, isso é tudo.
B.
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FINAL NOTES
Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.
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