alegria do reencontro

domingo: 17 de agosto: "quem não pode suportar a dor da separação, não está preparado para o amor. porque o amor é algo que não se tem nunca. é evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera."

alegria do reencontro

“quem não pode suportar a dor da separação, não está preparado para o amor. porque o amor é algo que não se tem nunca. é evento de graça. aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera.

A música tema do nosso casal de hoje é esta aqui. 💙

FIRST THINGS FIRST
Dialética do amor

(Imagem: Before Sunset)

“Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. De alguma forma, a gota de chuva aparecerá de novo, o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora. Morte e ressurreição. Na dialética do amor, a própria dialética do divino. Quem não pode suportar a dor da separação, não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se tem nunca. É evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro”.

O trecho acima faz parte do texto “Onde mora o amor”, de Rubem Alves, famoso teólogo, psicanalista e escritor brasileiro.

  • Mostrando a dualidade do sentimento, ele inicia a obra citando Adélia Prado, que afirma: “Amor é a coisa mais alegre. Amor é a coisa mais triste”.

Seguindo essa mesma ideia, há outro texto dele — que também já apareceu por aqui — chamado Ostra feliz não faz pérola.

Na obra, ele relembra que, na verdade, a pérola nasce após uma agressão à ostra. Para se proteger de um invasor, ela libera um material que vai formando camadas, até que se transforme em pérola.

Saindo da metáfora, na vida real, dar uma chance ao amor também implica expor-se ao risco de sofrimento — e, assim como a ostra, é natural que tentemos nos proteger da dor.

Seja colocando o sentimento “debaixo do tapete” ou simplesmente fingindo que ele nunca existiu; seja se anestesiando, tomando remédios ou preenchendo a falta com uma rotina agitada.

  • Mas, como bem disse Rubem Alves, “quem não pode suportar a dor da separação não está preparado para o amor”.

Ainda que essas válvulas de escape consigam amortecer a dor, elas não a resolvem. O sofrimento permanece lá, escondido, criando uma espécie de “capa dura” que nos faz afirmar, com convicção: Eu nunca mais vou amar de novo.

Para virar pérola, porém, precisamos acolher a dor e aceitá-la. Senti-la por inteiro — e só então ter coragem de construir algo melhor, mais bonito e com mais amor.

Seja investindo em uma relação desgastada, reconstruindo o passado ou se abrindo para o novo, “o amor aparece quando quer”. Mas, pela alegria do reencontro, vale a pena suportar a dor da ausência.

APRESENTADO POR LITTLE BEAN
O que toda relação boa tem em comum

No filme Amores Materialistas, Dakota Johnson é uma casamenteira que junta casais a partir de uma lista de qualidades — o checklist do par perfeito. Na vida real, a gente também tem o nosso.

E, embora saibamos que relacionamentos não se constroem apenas checando caixinhas, alguns critérios que vão além da superfície, fazem sentido. Como, por exemplo:

☑️ Cumpre o que promete.

☑️ Trata bem até quem não precisa impressionar.

☑️ É positivo, mas sabe lidar com dias ruins.

☑️ É cuidadoso nos detalhes.

☑️ Não está acomodado, sempre buscando crescer e ser um parceiro melhor.

O ponto é que, para ter esse parceiro, a gente também precisa entregar o mesmo. Porque, no fim do dia, o match perfeito acontece entre duas pessoas que já decidiram viver no mesmo nível — o nível de quem encara o desconforto, quer sempre crescer e luta pelo relacionamento todos os dias.

Esse é o café que te ajuda a estar pronta para o parceiro que você quer ter. Little Bean. Sem açúcar, sem desculpa.

ENQUETE DO THE STORIES

(Imagem: Breakfast at Tiffany’s)

Qual é a parte mais difícil num diálogo?

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BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL
O amor sempre esteve ali

(Imagem: Tumblr)

A história de Amanda e Gabriel começou quase sem querer, em 2015, na pequena cidade de Piçarras (SC), onde todos se conheciam e se esbarravam — inclusive os dois.

  • Eles ficaram algumas vezes, mas nunca rolou nada além disso. Eram jovens demais e estavam apenas curtindo a vida.

O tempo passou. Gabriel foi para Florianópolis, fez faculdade, casou-se e teve dois filhos: Maitê e Bernardo.

Amanda permaneceu em Piçarras, também fez faculdade e teve dois relacionamentos longos. Mais tarde, mudou-se para outra cidade, onde se casou e teve um filho: Noah.

Quando seu casamento terminou, ela se viu despedaçada, sozinha e de volta à cidade natal, sem nenhuma certeza sobre o futuro.

Até que, no dia 12 de maio, recebeu uma mensagem no Instagram: “Oi, como você está? Juro que eu explico, mas vai soar estranho se eu te chamar para sair e conversar?” Era o Gabriel.

Daquele dia em diante, não pararam mais de conversar. Falaram das dores da separação, da criação dos filhos e até da saudade que nem sabiam que sentiam.

  • Se reencontraram em uma praça da cidade. Conversaram até de madrugada, abriram um vinho e prometeram ver o nascer do sol.

Os dois acordaram às cinco da manhã, mas o sol não tinha nascido naquele horário. Nas palavras de Amanda: “Já havia amanhecido dentro de nós.

Poucos dias depois, Gabriel conheceu Noah. Amanda conheceu Maitê e Bernardo. Tudo se encaixou. Para eles, amar não é só sentir — é escolher atravessar juntos.

O mais curioso é que Amanda sempre dizia que “era impossível encontrar um amor naquela cidade”. Mas o amor da sua vida sempre esteve ali, a cinco ruas de distância.

Os dois têm as mesmas memórias de infância, estudaram na mesma escola e andaram pelos mesmos caminhos. A vida fez questão de separá-los — apenas para uni-los no tempo certo.

  • Como já dizia Rubem Alves: “O amor é algo que não se tem nunca. É evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera”.

Com as três crianças fazendo bagunça, o programa preferido deles é cozinhar. Nas palavras de Amanda: “A cozinha sempre acaba sendo ponto de encontro, afeto e união.

Ela também não deixa de mencionar o mar. Moram no litoral e amam passear pela orla. Sentados na areia, falam sobre o futuro e dividem histórias que viveram nesses dez anos separados.

Juntos, à noite, foram à escola onde se conheceram. Encostaram no muro como dois adolescentes e se beijaram. Fizeram todos os programas “de sempre”, como se fosse a primeira vez.

Já aproveitaram muitas noites jogando conversa fora, escutando R&B e tomando vinho. Todo domingo, comem pizza com as crianças. Prezam pelo tempo de qualidade.

Amanda admira Gabriel por seu posicionamento diante dos desafios da vida. Ele é um pai presente, forte e caridoso. Um homem maduro, mas que sonha como uma criança.

  • Diferente de tudo o que já viveu, Amanda sabe que, com o Gabriel, o amor não fica apenas nas palavras.

Ele não só fala, como a ama, a cuida e a respeita diariamente. Todos os dias, conquista Amanda de um jeito diferente.

Os dois têm suas próprias bagagens, dores e anseios. Mas, juntos, vivem o amor de forma genuína — com uma vontade imensa de serem um do outro pelo resto da vida.

Ficou curioso para conhecer Amanda e Gabriel? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸

EDITOR’S PICK

Sunday Love 💋 

(Imagem: Marriage Story)

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CARTA ABERTA
Ostra feliz não faz pérola

(Imagem: VSCO)

Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos –, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem.

Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música.

Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...”. Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor .

O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava.

Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa.

Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo.

A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer . Esses são os artistas. Beethoven – como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa...

- Rubem Alves.

RODAPÉ

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