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arte do encontro
domingo, 01 de junho: como já dizia vinicius de moraes, "a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida."

arte do encontro
como já dizia Vinícius de Moraes, “a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida.”

Para entrar no clima do filme tema do #MomentoCult, dê o play nessa música aqui. 🤏
FIRST THINGS FIRST
Encontros e Desencontros

(Imagem: Lost in Translation)
Enquanto grava um comercial de uísque em Tóquio, Bob conhece Charlotte, esposa de um fotógrafo que costuma deixá-la sozinha.
Em um contexto cultural totalmente estranho, os dois se conectam e acabam encontrando, um no outro, refúgio e compreensão.
Ambos experimentam desencontros internos: com os papéis sociais que desempenham, com os relacionamentos em que estão inseridos e com o próprio sentido de existir.
Tóquio, com uma cultura estranha e incompreensível para eles, potencializa essa sensação de estarem “perdidos na tradução”.
A princípio, o contato é leve, quase indiferente. Mas, à medida que se conhecem, o encontro se transforma em uma espécie de refúgio, uma conexão que não depende de palavras, mas de presença e compreensão.
Em alguns momentos da vida, é normal sentir que estamos “empurrando com a barriga” situações que não nos fazem felizes — como um relacionamento morno ou um emprego só “para pagar as contas”.
Talvez por isso seja tão fácil entender o olhar triste de Bob no elevador e o tédio de Charlotte em um quarto de hotel vazio.
Os dois estão muito longe de casa, não conseguem dormir e vivem uma paixão que não tem nome. Eles bebem juntos no bar, vão a um karaokê e dividem um almoço — mas não acontece muita coisa além disso.
A soma desses momentos faz do filme uma história sobre o que não foi dito, e que realmente não precisava de palavras.
Embora pareça marcado pela expressão cultural, Encontros e Desencontros escancara o que é universal: a magia de se reconhecer no outro.
Às vezes, conhecemos pessoas que nos marcam profundamente, mesmo por um breve período. Por mais que essas pessoas saiam de cena, o que elas nos deram — compreensão, aceitação e pertencimento — permanece conosco.
No final das contas, o poder dos encontros reside na magia de nos tornar inteiros, de transformar cada chegada em um recomeço e cada adeus em semente de eternidade.
ENQUETE DO THE STORIES
Tanto desencontro pela vida

(Ilustração: Lost in Translation)
Há quem diga que o destino toma conta de tudo. Mas também há quem diga que isso é só uma forma de confortar o coração. Em qual time você está?
Quando é pra ser... |
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL
Encontros e Reencontros

(Imagem: Pinterest)
A história de hoje é sobre encontros… e reencontros. Marcelo e Matheus se conheceram em novembro de 2019.
Desde o início, havia algo diferente entre eles. Não foi sobre empolgação ou ansiedade, mas presença. Um tipo de conexão que prende o olhar, sustenta a conversa e dá vontade de continuar ali.
Não houve exagero nem dúvidas. Só existiu a clara sensação de que aquilo era importante, como se o tempo estivesse esperando esse momento para sussurrar: “presta atenção nisso aqui.”
O primeiro encontro teve cinema, série no sofá e uma ida despretensiosa ao Subway. Entre um lanche e uma conversa solta, Marcelo disse: “parece que a gente se conhece há muito tempo” — e era verdade.
Eles não chegaram a oficializar nada — não teve pedido de namoro —, mas viviam como um casal.
Foi nesse tempo que fizeram uma viagem juntos para Ubatuba, em janeiro de 2020. Marcelo lembra do Matheus comprando uma pulseira com uma tartaruga. Uma coisa tão pequena, mas que significou muito para ele.
Mesmo depois do fim, ela permaneceu ali, quieta, como quem guarda um sentimento sem nome. Ele simplesmente não conseguia jogá-la fora.
Quando terminaram, Marcelo aceitou. Mas, lá no fundo, sempre guardou uma esperança silenciosa de que talvez se reencontrassem.
Tornaram-se amigos. Depois, afastaram-se. Matheus mudou-se para Portugal, e os silêncios ficaram mais longos. Parecia que o fim era definitivo. Até que, em abril de 2025, ele voltou ao Brasil para visitar a família — e também reencontrou Marcelo.
Sem grandes discursos ou roteiro, apenas a certeza silenciosa de que era ele. O primeiro abraço foi como estar em casa. O cheiro, o toque e o olhar. Tudo era familiar. Parecia certo.
Sem pensar demais, Marcelo convidou Matheus para passar um final de semana na fazenda com sua família.
Foi especial em vários níveis. Estar ali, com ele, vivendo dias tão simples e recebendo carinho de todos.
Eles são um casal gay, e ver que podiam estar juntos naquele ambiente, com naturalidade, acolhimento e respeito, significou muito.
Um dos momentos que mais marcaram o Marcelo foi quando seu pai pegou a caminhonete e levou os dois, com alguns primos, para conhecer partes distantes da fazenda.
Eles ali, no banco de trás, o vento batendo, o céu enorme e aquela paz boa de quem sente que está exatamente onde deveria estar.
Nesses dias, eles reviveram coisas simples, como assistir filmes juntos no sofá e dividir o pão com manteiga pela manhã. Marcelo percebeu o quanto isso lhe fazia bem.
Não teve nenhuma cobrança. Não houve dúvidas. Só vontade de ficar. E ele sabia: não poderia deixar Matheus ir embora sem saber que ele era o seu lugar.
No dia 29 de abril, uma semana após o reencontro, Marcelo fez o pedido de namoro.
Foi em casa, simples, do jeito deles. O pensamento era só um: Matheus não voltaria solteiro para Portugal — e deu certo. Ele aceitou. Foi uma cena bonita. Calma. “Só dos dois.”
Foi ainda mais bonito ver que eles não eram os únicos torcendo por isso. As primas do Marcelo, a irmã do Matheus e as famílias dos dois ficaram felizes com esse reencontro.
Era como se o amor que eles sentiam estivesse sendo cuidado em silêncio por todos ao redor, só esperando que esse reencontro acontecesse.
Agora, eles estão planejando o próximo passo. Em junho, Marcelo vai para Portugal — e os dois já estão procurando um apartamento para morar juntos.
Falam sobre casamento (ainda sem data), mas com muita vontade. A verdade é que eles só querem ficar.
Marcelo diz que o que eles mais gostam de fazer juntos é andar de carro. Sim, Matheus ama dirigir, sem rumo ou destino. Sempre que estão assim, a mão do Marcelo vai automaticamente para a perna do Matheus.
Quando não vai, ele puxa o braço dele para deixar a mãozinha ali. É o momento favorito do Marcelo.
Para ele, Matheus é o tipo de pessoa que dá sentido a tudo. É difícil explicar, mas com ele, a vida parece mais certa. Usando as palavras de Guimarães Rosa, "os outros eu conheci por ocioso acaso. A ti vim encontrar porque era preciso."
Ficou curioso pra conhecer o Marcelo e o Matheus? Eles apareceram no nosso Instagram.
EDITOR’S PICK
The art of letting go ❤️🩹

tradução: no fim, a vida inteira… se torna um ato de desapego. (Imagem: Lost in Translation)
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CARTA ABERTA
Uma carta de despedida

tradução: palavras que eu gostaria de ter dito (Imagem: VSCO)
Esta é uma carta de desabafo e despedida. É o fim de um amor que tinha tudo para dar certo, mas que, infelizmente, não resistiu às falhas humanas.
Você, que me apresentou o the stories e sempre o lia para mim. Hoje, sou eu quem escreve — na esperança de que você leia… E sinta ao menos metade da dor que eu senti.
Hoje, mais uma vez, sinto-me perdida. Não sei por onde começar a reorganizar minha mente. Sinto-me insegura, enganada... só. Nenhuma palavra parece ser suficiente para descrever o que se passa no meu coração.
Na minha visão, éramos perfeitos — um casal que se compreendia e que olhava para o mesmo horizonte. Conversávamos, cozinhávamos juntos, organizávamos a casa, a vida, os sonhos e os planos.
Fomos parceiros. Você era o meu único amigo, meu abrigo, meu tudo em uma única pessoa. Eu me sentia protegida ao seu lado, como se, com você, eu pudesse enfrentar qualquer tempestade. Sempre admirei a sua capacidade de me aconselhar com firmeza, sem me ferir. Eu te admirava por isso.
Nossa história era linda — tão linda que eu queria emoldurá-la. Desde a fila no lanche da faculdade, contando moedas para um date, até os sonhos de comprar um apartamento, um carro e viver uma vida inteira ao seu lado.
Eu tentei ser forte. Tentei ser menina, mulher e amiga. Queria ser tudo o que você precisava. Queria ser o suficiente. Queria ser a sua prioridade.
Confiei em você o suficiente para te contar minhas dores mais profundas, os lugares onde a vida mais me machucou. Você me ouviu com atenção e disse, ainda que indiretamente, que jamais seria alguém que me causaria dor.
Você consegue imaginar o tamanho da minha dor agora? Consegue entender quantas noites chorei em silêncio até adormecer, enquanto você dormia tranquilo após mais um desentendimento? Quantas vezes engoli sua frieza, seu distanciamento — e, mesmo assim, continuei acreditando no nosso amor?
Quantas vezes olhei para você buscando inspiração para ser uma mulher melhor, mais forte, mais determinada? Quantas vezes esperei por aquele que aparecia com cartazes, presentes e jantares improvisados... Aquele que me fazia sentir especial?
Aparentemente, já não estávamos mais em sintonia.
Eu te escolhi — e te escolheria de novo, todos os dias da minha vida. Eu enfrentaria cada obstáculo com você. Mas, hoje, me pergunto: não te dei afeto suficiente? Não te satisfazia? Fui pouco compreensiva? Não era bonita o suficiente? Engraçada o bastante? Não te dei espaço? Não te fiz sentir-se desejado?
Você me magoou de tantas formas. Não apenas pela traição, mas pelas ilusões que criou com palavras, sonhos e elogios que soavam sinceros. Você me feriu exatamente nas formas que eu te pedi para não me ferir.
Inúmeras vezes tentei mostrar que eu te ouviria, fosse o que fosse. Que eu seria compreensiva, até mesmo se o fim estivesse próximo. No entanto, esse sentimento quebrado, essa dor presa na garganta, me consome por dentro. E, no fim, tudo o que eu queria era paz na minha vida.
- T.
—
RODAPÉ
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FINAL NOTES
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