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domingo: 29 de junho: diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, quem você agradece por dividir um planeta e uma época com você?

obrigado
diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, quem você agradece por dividir um planeta e uma época com você?

Para entrar no clima da carta aberta de hoje — e dar uma choradinha —, a música é essa aqui. ❤️
FIRST THINGS FIRST
Imensidão do universo

(Imagem: Pinterest)
Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.
Carl Sagan
Esta foi a dedicatória do livro Cosmos, do astrônomo Carl Edward Sagan, para sua mulher, Annie. Cientista planetário, ele foi conselheiro da NASA e colaborou no desenvolvimento do Apollo 11.
Autor de mais de 600 publicações científicas, Sagan também era conhecido por suas reflexões profundas sobre a humanidade.
Inclusive, na dedicatória romântica do seu livro, ele usa conceitos científicos para falar sobre o senso de unidade de habitarmos o mesmo planeta — que é apenas um ponto minúsculo no vasto cosmos.
Só para se ter uma ideia, além da Via Láctea, existem entre 100 e 200 bilhões de galáxias no universo observável. Reduzindo o espectro para a Terra, as estimativas indicam que mais de 100 bilhões de pessoas já passaram por aqui.
Atualmente, há 7 bilhões de pessoas no mundo — e cada uma delas tem um universo de pensamentos dentro de si.
Carla Madeira já bem disse que “o que mais existe no mundo são pessoas que nunca vão se conhecer. Nasceram em um lugar distante, e o acaso não fará com que se cruzem.”
Talvez por isso, Victor Hugo afirme que “a vida não passa de uma oportunidade de encontro”, e Vinicius de Moraes declame que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”
Voltando para Carla Madeira, a autora lembra que “alguém pode passar pela esquerda enquanto olhamos distraídos para a direita. Por um triz o paralelo nos obriga ao desencontro eterno.”
Mas, ainda que muito amor seja perdido nessa falta de sincronia, é lindo pensar que deve mesmo existir um certo milagre nos encontros.
Seja por uma força divina ou apenas por coincidência, várias pessoas cruzam o nosso caminho. Quando esse encontro vira conexão, até o mais cético concorda: não é tolo dizer que o amor é sagrado.
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL
Daqui até a eternidade

(Imagem: VSCO)
Como diz a música do Cazuza, parece que os destinos de Danielle e Matheus foram, literalmente, traçados na maternidade.
Eles nasceram no mesmo hospital, no mesmo mês e no mesmo ano, com apenas 25 dias de diferença — ele é leonino e ela é virginiana.
Quando crianças, seus pais trabalhavam juntos e eles frequentavam as mesmas praias nas férias. Morando em uma cidade como São Paulo, é uma coincidência incrível.
No terceiro ano, a viagem de formatura dos dois para Porto Seguro foi na mesma semana. Talvez eles até tenham se esbarrado em algum momento, sem saber o que o futuro reservava.
Como se não bastasse, ainda sem se conhecerem, Danielle e Matheus escolheram o mesmo curso na faculdade: jornalismo.
Até que, em 2011, ela começou a trabalhar em um lugar que não fazia sentido algum na sua carreira. Por algumas circunstâncias da vida, ela acabou aceitando a vaga — e conhecendo Matheus.
A conexão foi quase instantânea. Danielle é introvertida e não costuma fazer amizades logo de cara — mas com ele foi diferente.
Ela se sentiu muito à vontade desde o começo, como se já o conhecesse há anos. Eles riam de piadas que só os dois entendiam e tinham liberdade para conversar sobre tudo.
Mas ainda não era o momento. Ela estava em um relacionamento, e ele ainda estava na fase de querer “só curtir”. Então, tornaram-se melhores amigos.
Danielle não durou muito no novo emprego, mas, mesmo mudando de empresa, ela e o Matheus continuaram conversando todos os dias.
Tudo aconteceu de forma muito natural e leve. Até porque, como já dizia Cícero, “dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade.”
Começaram criando intimidade, fazendo brincadeiras e descobrindo mais um sobre o outro. Ambos encantados com a possibilidade da presença constante. Sem alarde, sem pressa e sem afobação.
Até que um dia, o Matheus — que nunca tinha namorado sério — disse na lata: “Você sabe que se um dia a gente ficar, vamos acabar namorando, né?”
Ela riu, concordou, mas a brincadeira foi parar em um bar. Após cerca de 8 horas de conversa, o primeiro beijo saiu. No tempo certo, na hora certa e com a certeza de que era para ser.
Isso foi em abril de 2013. Hoje, eles já estão juntos há 12 anos e continuam sendo melhores amigos.
Danielle diz que agora sabe por que aceitou aquela vaga de emprego em 2011: era só para encontrar o Matheus.
O pedido de casamento aconteceu durante uma viagem — e também foi cheio de significado.
Quando Matheus ajoelhou-se, uma borboleta azul — símbolo de felicidade e proteção — pousou no anel. A mãe dele faleceu antes que Danielle pudesse conhecê-la — e ela amava borboletas. Então, foi como um sinal de sua aprovação.
A rotina dos dois é a de um “casal normal”, mas com muito amor, cuidado, risadas e leveza.
Aqui, quem reclama da bagunça é o Matheus. Quando vê as amigas reclamando dos maridos bagunceiros, Danielle fica bem quietinha. risos.
Quase todos os dias, ele prepara o almoço, e ela adora vê-lo inventar novos pratos. Matheus faz questão de expressar seus sentimentos — inclusive, escondendo bilhetinhos pela casa.
Danielle não se expressa muito bem ao falar; prefere escrever — talvez por isso esteja contando essa história aqui.
Ela sempre dorme tranquila, sabendo que tem ao seu lado alguém que a respeita. No passado, já aceitou muito menos do que isso e se pergunta como perdeu tanto tempo e energia.
Talvez porque não acreditasse que existisse um relacionamento como o dela na vida real. Hoje, ela não só acredita, mas pensa que todo mundo merece encontrar um amor assim.
Ficou curioso para conhecer a Danielle e o Matheus? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸
ENQUETE DO THE STORIES
Timing e caminhos cruzados

(Imagem: VSCO)
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(Imagem: The Notebook)
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CARTA ABERTA
Elefantes nunca esquecem

(Imagem: We Heart It)
São 20h38 de uma quarta-feira, véspera de feriado, e eu acabei de lembrar de você. Estudando reumatologia, mais especificamente lúpus, e acabei lembrando de você.
Lembrei do dia em que estávamos jogando uma espécie de "Imagem e Ação" com nosso casal de amigos, eu e uma das minhas melhores amigas, contra você e um dos seus melhores amigos. As mulheres venceram, claro.
Lembrei que você ficava atrapalhando o curso do jogo porque queria ficar me beijando e não me deixava levantar do sofá para fazer a mímica.
Por que especificamente essa memória voltou tão inesperadamente? Não sei. Sei que isso desencadeou a espiral de pensamentos na qual eu entro sempre que me lembro de você.
A forma como brincávamos no meio da rua com um coco caído, como se fosse uma bola de futebol nessa mesma noite, enquanto voltávamos para a sua casa e nossos amigos nos filmavam de longe — porque você demorou a segurar minha mão. Acho que ainda tenho esse vídeo. Ainda guardo algumas provas concretas de que o período que passamos juntos realmente existiu.
Lembro de uma de nossas conversas sérias antes de dormir, pois estávamos acumulando pequenos desentendimentos, que, na verdade, eram apenas a tradução do orgulho de um tentando ferir o do outro — afinal, temos o mesmo signo, somos bem orgulhosos.
Lembro também que, após isso, dormimos profundamente. Bem que dizíamos que dormíamos melhor quando estávamos juntos, pois o conforto era consequência da sensação de segurança. Que ironia, né?
Parafraseando uma matéria da Super Interessante de abril de 2011: “Elefantes selvagens podem ficar anos sem ter contato com animais com os quais já tenham uma vez se relacionado – e, ainda assim, parecem se recordar deles.”
Passou-se apenas um ano. Eu não sou um elefante selvagem, e o que tivemos não foi um relacionamento, mas eu sempre me recordo de você. Agora são 21h03 no relógio, e eu já estou ouvindo About You, do The 1975. Já é tarde demais. A nostalgia me venceu novamente.
- B.
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RODAPÉ
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