tá escrito

"erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda essa tristeza embora. basta acreditar que um novo dia vai raiar. sua hora vai chegar."

tá escrito

“erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda essa tristeza embora. basta acreditar que um novo dia vai raiar. sua hora vai chegar.”

Pra entrar no clima da edição — e começar o ano com uma trilha sonora gostosinha — a nossa dica é escutar essa música aqui. 🧸

Realista Esperançoso
FIRST THINGS FIRST

(Imagem: Pinterest)

O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.

- Ariano Suassuna

A frase é do Ariano Suassuna, que foi um dos maiores nomes da literatura e cultura brasileira. Mesclando o erudito com o popular, ele criou uma obra que é, ao mesmo tempo, profunda e acessível.

  • Na citação, Suassuna expressa uma visão equilibrada sobre a forma como as pessoas podem encarar a vida.

Ao dizer que “o otimista é um tolo”, ele sugere que a pessoa que vê as situações apenas pelo lado positivo — desconsiderando os problemas e obstáculos — vive descolada da realidade.

No caso, “tolo” pode ser visto não apenas como alguém que ignora as dificuldades da vida, mas como um sonhador que se recusa a ver as sombras que dançam no chão.

Agora, ao dizer que “o pessimista é um chato”, Suassuna também critica quem foca apenas nos aspectos negativos, interrompendo o fluxo de alegria daqueles que sabem viver.

  • A solução proposta pra esse dilema, então, é abandonar os extremos e ser um realista esperançoso.

Alguém que encara a realidade com lucidez, enxergando os desafios e as dificuldades que existem, mas também mantendo uma atitude positiva e esperançosa em relação ao futuro.

A ideia reflete uma abordagem mais madura da vida, em que se reconhece que o caminho é árduo, mas não se perde o ânimo e a coragem de continuar seguindo em frente.

Ainda que o ano que passou tenha sido difícil, nós sempre conseguimos esperar o melhor do futuro. Mesmo sem promessas, o amanhã pode ser feito de festa, de cor, de alegria.

A esperança, “sonho daqueles que estão acordados”, como dizia Aristóteles, é um remédio para quem tem fé na vida. Finalizando com Xande de Pilares, “basta acreditar que um novo dia vai raiar. Sua hora vai chegar.”

Um ponto fora da curva
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

(Imagem: VSCO)

A história de Thais e Bárbara é um ponto fora da curva. Não começou com promessas e nem seguiu o roteiro tradicional do amor. Nasceu de hiatos, deslizes e desencontros.

Elas se conheceram em 2021, se perderam no meio de outros relacionamentos, em momentos desalinhados e tentativas que não eram delas. Cada uma viveu o que pôde até a vida decidir que era a hora.

  • Foi Bárbara quem fez o primeiro movimento, surgindo numa mensagem despretensiosa em resposta a um story — não te dá gastrite tomar todo esse café?

Thais respondeu, meio sem saber onde aquilo ia dar, mas sentiu a conversa deslizando fácil, como quem volta para uma língua que nunca esqueceu.

E foi dessa conversa que veio o convite para o primeiro encontro. Bárbara sugeriu um bar de rock que ela frequentava. A Thais não gosta de rock, mas topou mesmo assim.

No estacionamento, antes de descerem do carro, o ar ficou denso de uma expectativa que ambas já conheciam, mas nunca haviam admitido.

Foi a Thais, que nunca toma iniciativa, que se inclinou e a beijou primeiro. Não houve fanfarra nem trilha sonora; o mundo apenas se aquietou naquele instante preciso. Tudo o que veio antes parecia só ensaio.

Uma semana depois, foi a Bárbara quem, no mesmo carro, segurou o volante da história e pediu a Thais em namoro. Sem aviso, sem formalidades. Foi direto, como quem já não aguenta esperar mais nada.

  • Thais costuma dizer que amar a Bárbara é como aprender a enxergar de novo, com olhos mais atentos.

Ela sempre foi meio cética com essas coisas, mas agora passou a perceber que existem pequenas epifanias na vida cotidiana.

Estar com a Bárbara é ver estrelas, como naquela primeira noite em que olhou pela janela e enxergou o céu brilhar mais forte. Ainda hoje, nos dias bons e ruins, essas estrelas continuam lá.

Foi ao lado da Bárbara, que a Thais enfrentou o momento mais difícil da sua vida: o diagnóstico de câncer de mama da sua mãe.

O mundo escureceu e ficou pequeno demais pra tanta dor. Mas a Bárbara estava ali, constante, transformando o medo em colo, lembrando que amar é segurar firme, mesmo quando tudo desaba.

  • E foi mais leve. O peso continuou lá, mas ao lado da Bárbara, Thais aprendeu que a dor pode ser menos solitária.

Com a Bárbara, Thais também encontrou outro tipo de milagre. Ela nunca acreditou que seus pais entenderiam sua sexualidade, quanto mais aceitariam um relacionamento com outra mulher.

Mas a Bárbara atravessou essa ponte junto com ela. Aos poucos, o afeto venceu, e os pais da Thais passaram a amá-la também. Não como uma concessão, mas como quem finalmente abre os olhos para algo que sempre esteve ali.

Elas se pertencem nos detalhes. Nos filmes ruins que insistem em escolher, nos lanches cheios de todos os sabores de maionese da Vila Olímpia, nas noites de Pizza Hut e Big Mac.

No shopping, de mãos dadas, andando sem pressa. Nas partidas de Free Fire, onde são competitivas e bobas. E nas músicas do Luan Santana, que parece ter escrito cada verso como se tivesse espiado a história delas.

  • Cantar essas canções juntas é quase um ritual — como se, por alguns minutos, o amor delas fosse uma melodia que não cabe em palavras comuns.

Não há manual para o jeito delas de amar. Elas inventam o caminho, tropeçam, dançam e continuam. Como se a única regra fosse essa: seguir juntas.

Porque no fim das contas, o amor delas não cabe em clichês ou moldes. É um amor raro, desses que não se explica nem se repete. É o lar que cada uma buscava sem saber.

E enquanto houver um pouco de céu, um verso do Luan ou uma estrela invisível pra seguir, Thais sabe que não precisa de mais nada. Ela está exatamente onde deveria estar: ao lado de Bárbara, com os pés no presente e as mãos no infinito.

Ficou curioso pra conhecer a Thais e a Bárbara? Elas já apareceram no nosso Instagram. 🌈

Domingo de manhã 🥖🍳🥐

EDITOR’S PICK

(Imagem: We Heart It)

Como o ano só muda se a gente mudar também, é hora de de deixar pra trás o que deve ficar pra trás. Aproveite pra pensar e seguir as nossas dicas! ✨

  1. Saudade do futuro. Pra refletir sobre o final de 2024 e o início de 2025, esse podcast foi uma das melhores coisas que já encontramos. 🧠

  2. Vai passar as férias no sofá da sala? Aqui está uma lista de filmes pra você viajar sem sair de casa. 🍿

  3. Como está o seu tempo de tela do celular? Pra começar o ano largando o vício de rolar o feed, a dica é esse livro aqui. 📚

  4. Trend alert. Essa é a tendência que as celebridades estão usando nesse fim de ano na praia. 👀

  5. Ano novo, vida nova. Aqui estão 25 hábitos pra você experimentar no ano de 2025. ✍️

  6. Quem te fez feliz em 2024? Encaminha esse agradecimento para aquele amigo especial. 🧸

Qual é o preço dos bons momentos?

CARTA ABERTA

(Imagem: Tumblr)

É sábado à noite, 7 de dezembro, 21h46. Consigo ouvir do apartamento a banda tocando BaianaSystem no bar em frente de casa, junto às conversas e risadas de quem aproveita a noite enfeitada pela magia do último mês do ano.

Apesar da alegria lá fora, aqui dentro toca em looping The Prophecy, da Taylor Swift. Os únicos sons são os do teclado e do meu nariz entupido.

Faz 10 minutos que desliguei o telefone com você. Depois de contar (parcialmente) como eu me sentia sobre nós, ouvir também o seu lado e, após 15 minutos falando de um vídeo aleatório sobre as ondas gigantes no mar de Nazaré, me despedir.

Não com o usual “até amanhã”, mas com um “bom restinho de ano e boas festas”. Foi um péssimo jeito de se despedir, mas como se despede de alguém que você gosta muito?

Há alguns dias, me pergunto: qual é o preço dos bons momentos? Esta semana você comprou comigo a ideia de correr 10 km e me puxou para treinar, mesmo com chuva. Me mostrou que, às vezes, tudo o que precisamos é uma volta de moto em alta velocidade e que um barzinho simples pode ser melhor do que qualquer restaurante caro.

Outro dia, li um livro que dizia: "eu me lembro exatamente do cheiro que rondava o ar naquela noite em que nos conhecemos. Ela tinha todo o aroma de esperança que eu achava que havia perdido." Assim eram todos os nossos momentos: com o aroma de uma esperança que eu acreditava ter perdido.

Mas, nesta mesma semana, você também me mostrou, repetidamente, que minha companhia é boa, mas não o suficiente. E o sentimento de insuficiência é, de todos, o mais perigoso. Sentir-se insuficiente para alguém que você ama é como acreditar que talvez você seja insuficiente para o mundo.

Você questiona suas qualidades, amplifica seus defeitos e, no processo, perde o mais importante: você mesmo. Eu confesso, me perdi. E, assim, todos os momentos bons começaram a ser cobrados com juros e correção monetária — e a moeda de pagamento era uma parte de mim.

Como disse Ana Suy, “no amor não encontramos a parte que faltava, mas uma nova parte que vai fazer falta a partir dali”. Eu já estou com saudades.

Hoje é o dia 0 sem você, e é estranho pensar que amanhã não haverá uma mensagem de “bom dia” e um meme de qualidade questionável logo cedo. Que eu não terei para quem contar cada segundo do meu dia, nem terei o seu para ouvir em troca. Não haverá mais jantares, corridas ou partidas de tênis. Fica tranquilo, eu não vou mais bater à porta do seu carro.

Gilberto Gil canta: “deixar você ir não vai ser bom nem para você nem melhor para mim”. E de fato não é. A vida é/era boa com você. Mas talvez este tenha sido o meu maior ato de amor. Amor-próprio.

Ainda assim, sigo pensando: qual é o preço dos bons momentos? Eu poderia passar horas escutando você falar sobre as ondas de Nazaré.

Com carinho,

Ana.

O que você achou da edição de hoje?

Você pode explicar o motivo depois de votar

Login or Subscribe to participate in polls.

🎟️ Quer divulgar seu negócio conosco? É só clicar aqui.

A próxima pode ser a sua 💌
FINAL NOTES

Gostou da história que leu? A próxima pode ser a sua. Conte pra gente aquela história de amor que só você sabe e tem dentro de si. Afinal, todo mundo tem a sua.

Envie para: [email protected]

Queremos compartilhar, pelo menos um pouquinho, desse sentimento que você tem aí dentro. Você nunca sabe o que ele pode provocar nas pessoas…

the stories.cc 🧸

Nem sempre com finais felizes, mas sempre verdadeiras. Histórias de quem realmente sentiu algo sincero, diretamente entregues na sua caixa de entrada.

A cada história uma emoção. Sempre aos domingos de manhã, às 08:08.

até domingo que vem!

Sempre chegamos a sua caixa de entrada por volta das 08:08. Alguns servidores de e-mail são teimosos e atrasam… Outros são piores ainda e nos jogam para o spam e/ ou promoções. Sempre que não nos encontrar na caixa de entrada, procure nessas duas.