ressaca e nostalgia

domingo, 16 de março: quem te ajuda a salvar os domingos?

ressaca e nostalgia

quem te ajuda a salvar os domingos?

⚠️ Alerta! ⚠️ Não comece a edição de hoje sem antes dar play nessa música aqui.

Me ajude a salvar os domingos
FIRST THINGS FIRST

(Imagem: Pinterest)

De olhos fechados, peço que alguém
Me ajude a salvar os domingos
Dessa ressaca, da malha gasta
Do dengo que não vem
Palavras dadas, um deus-dará
A mira de mirar sossego
De olhos abertos, eu vi um trem
Que me levou pra sonhar longe
Lá onde cê mora, a léguas daqui
Depois pra lá de Londres
Aonde só neva e não faz calor
Pra nós, sugiro Acapulco
Daqui a pouco, ao nascer do Sol
Te busco

Olhe nos olhos
Vamos brindar
O fim do dia
Pois sem você
Esse domingo não passa

O final da tarde de domingo te conforta ou te traz angústia? Para Liniker — compositora e intérprete da música —, o primeiro dia da semana é acompanhado de melancolia e solidão.

  • Alternando desejo de fuga e aceitação da realidade, a letra mostra uma necessidade de partir, mas também de enfrentar a ausência.

A viagem para lugares distantes, como Londres e Acapulco, pode simbolizar tanto a tentativa de preencher um vazio quanto a esperança de um reencontro. Uma mistura de saudade e esperança.

Para muitas pessoas, o domingo carrega uma tristeza sutil, um peso quase imperceptível que se espalha no ar quando a tarde começa a cair. É um dia de silêncio, de despedidas veladas, de um tempo que passa mais devagar.

Existe algo de nostálgico na forma como o sol se põe aos domingos. É como se o céu estivesse cansado, preparando-se para o início da semana. O dia nasce preguiçoso e se desfaz em uma melancolia crescente.

  • Talvez essa melancolia não seja apenas sobre o fim do final de semana, mas sobre tudo o que ele simboliza: a lembrança de que o tempo não para.

O alerta de que os dias vão e vêm sem pedir permissão, e de que, no fundo, sempre estamos nos despedindo de algo — ainda que seja apenas do dia que está terminando.

Voltando pra música, o refrão final traz uma mudança de tom: "olhe nos olhos, vamos brindar o fim do dia".

Liniker encontra uma companhia pra salvar os domingos, e nos lembra que nem tudo está perdido.

O dia pode ser melancólico, mas também é um lembrete gentil de que cada semana nos dá a oportunidade de escrever uma nova história. Como já dizia Mario Quintana, “nada jamais continua, tudo vai recomeçar.”

O melhor elogio de todos 💐
APRESENTADO POR NATURA

Entre tantos elogios que podemos receber, existe um que arranca um sorriso sincero:

Nossa, você é muito cheirosa.

E não é só sobre o cheiro, é sobre a memória. Quem nunca sentiu um perfume e foi transportado para um momento?

A verdade é que as fragrâncias também te lembram daquele alguém, mesmo que essa pessoa não esteja perto.

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Eu escuto os teus sinais
BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

(Imagem: VSCO)

É domingo. Um dos “primeiros” domingos do ano depois do Carnaval. Finalmente a onda de calor arrefeceu, e a Carla e o Lucas estão aqui, jogados no sofá e tomando um chimarrão.

Alternando leituras, pesquisas por livros, scrolladas nas redes sociais e conversas despretensiosas, após acordarem às 6h da manhã para correr 6km abaixo de chuva.

Pra Carla, o Lucas é quem ajuda a salvar os domingos. Os dois estão vivendo um dia extraordinariamente comum, mas que deixa de ser ordinário porque nada com ele é comum.

Tudo aqui é a materialização de um sonho que, felizmente, eles estão sonhando e vivendo juntos.

  • Há dois anos, os domingos da Carla — e todos os dias antes e depois deles — vêm sendo salvos pelo Lucas.

Seja no café da manhã com calma enquanto jogam wordle, seja assistindo a um novo vídeo do Yes Theory, seja ela em um canto da casa e ele em outro. Cada um no seu mundinho, mas com a paz de saber que esses mundos se tocam. Estão ali, ao alcance do olhar.

A Carla sempre foi uma romântica incurável. A beleza de todas as coisas a toca profundamente. Portanto, a grande obra da vida humana, o amor, sempre lhe foi precioso, estimado.

Acontece que ela também nunca foi muito sortuda no amor. Ou melhor: ela pensava que não era muito sortuda no amor.

  • Mas, hoje, Carla acredita que nunca foi má sorte. Era o tempo e o seu encantamento, esperando pelo momento certo.

Era o timing necessário para o seu caminho cruzar com o do Lucas. Ou o dele cruzar com o dela. Demorou pra ela descobrir a sua sorte. Contudo, quando veio, foi sorte grande.

Uns cinco anos antes dele chegar, a Carla descreveu, numa sessão de terapia, a relação dos seus sonhos. Ela já sabia o que queria em um parceiro, mas não tinha muita esperança em encontrar.

Ela já estava feliz quando ele chegou: não estava em um relacionamento, mas tinha bons amigos pra dividir a caminhada.

  • Como já dizia Bell Hooks, “a amizade é o espaço em que a maioria de nós tem seu primeiro vislumbre de amor redentor e comunidade carinhosa.

Talvez por isso o encontro dela com o Lucas tenha sido tão… Natural. O encontro de duas almas felizes que escolhem ficar juntas.

Ele chegou dizendo “you got every box checked”. Ela, boba, disse que ele extrapolava todas as caixinhas. A Carla nunca sonhou com alguém como o Lucas, porque nem sabia que isso existia.

Encontrar o amor assim, quando não procurava, abalou todas as certezas que ela tinha sobre relacionamentos. Deixou, por outro lado, uma certeza inabalável: ela queria redescobrir tudo ao lado do Lucas.

  • Com menos de um mês de relacionamento, a Carla escreveu: certezas, tenho poucas. Uma delas é você.

Em todas as outras experiências amorosas que teve, ela entrou com a razão. A emoção estava lá, mas era coadjuvante. Primeiro, racionalizar. Depois, sentir. Primeiro, ordem. Depois, caos.

Isso nem sequer faz sentido. Não há ordem que anteceda o caos. Primeiro é o caos do sentir que dá tom ao amor. Depois, se necessário, vem a ordem de organizar os sentidos, dar nome a eles.

Com o Lucas, ela está dando nome a tudo que sente… Só que com calma. Usando as palavras de José Saramago, “apesar de não ter pressa, do teu lado também não quero perder tempo.”

Obrigada, Lucas. Por colocar desordem no meu sentir e assim dar sentido a tudo. Obrigada por dois anos de amor, cuidado e respeito. Obrigada por me fazer acreditar de novo no amor. Por me permitir viver uma história de amor de verdade. Uma história que nem sempre é perfeita como uma rom-com, porque é feita de carne e osso e pessoas reais, mas que tem espaço para compreensão, evolução e muito respeito. Obrigada por ler os livros que eu te indiquei e por ouvir as músicas que te mandei — e por fazer delas as tuas músicas também. Obrigada por me apresentar filmes, músicas e o Yes Theory. Obrigada por sonhar comigo: os sonhos grandes e os pequenos. Obrigada por transformar esses sonhos em realidade. Obrigada também por me permitir realizar os teus sonhos do teu lado. Obrigada pelo cafuné antes de dormir. Por adaptar o teu sono ao meu. Obrigada por, toda manhã, servir o meu café com creatina, ainda que tu ache um absurdo que eu “estrague” o meu café assim. Obrigada por ser tu e pelo “nós” que nos tornamos.

Lucas, a Carla te vê. Ela te percebe. Como Alceu Valença, ela escuta os teus sinais. A Carla quer que você saiba que ontem, hoje e amanhã, ela te enxerga com esses olhos de quem tem uma certeza: você.

Ficou curioso pra conhecer a Carla e o Lucas? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸

Tá na hora, né?

APRESENTADO POR EMMA COLCHÕES

Sabe quando você percebe que algo não está mais certo, mas sempre empurra para depois?

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Lovely Sunday ❤️‍🔥

EDITOR’S PICK

(Imagem: Pinterest)

Dia de amar. Com nostalgia ou saudade, domingo é dia de ler histórias de amor e seguir as nossas dicas. Enjoy! ✨

  1. Pra escutar e sentir. Essa performance de Nothing Compares 2 U é a coisa mais tocante que você vai ouvir hoje. 🥹

  2. Separa a pipoca. Indicado ao Oscar, esse filme passou despercebido pra muita gente — mas é um dos melhores de 2024. 🍿

  3. “Girl is so confusing sometimes to be a girl.” Esse texto traz uma baita reflexão sobre os desafios da vida adulta. 🤌

  4. Se você quer um livro curtinho e intenso, Monique se liberta é pra começar e terminar em uma sentada. 📚

  5. Um conselho difícil, mas necessário. ❤️‍🩹

Gostar nunca é em vão

CARTA ABERTA

(Imagem: We Heart It)

Eu poderia falar mil coisas aqui. Poderia falar da primeira música que tu me encaminhou, “Love Is Only a Feeling”, do The Darkness. Poderia falar que toda vez que ela toca na minha playlist eu lembro dos teus beijos.

Poderia falar dos roncos que me atrapalhavam à noite e que, de fato, eu adorava me incomodar — engraçado, eu, uma pessoa que sempre amou estar sozinha e em silêncio.

Após muito tempo, eu senti que o meu coração ainda batia, e batia por alguém que nunca imaginaria: um cara do trabalho, muito mais velho, dito popularmente como chato. Surpreendida assim, me joguei — a cada encontro, cada música, cada descoberta, cada troca de mensagens.

Sonhei, sonhei! Mas sonhar sozinha é muito cruel.

De mim, parto com os melhores sentimentos. Me doei 100%, fiz o meu melhor e não me arrependo. Gosto de abraçar a vida, de agarrar-me na paixão, de me entorpecer no cheiro, de gostar, de transbordar, partilhar, enlouquecer, porque pra mim a vida é tão uníssona pra não se jogar no amor.

Tu, com todos os teus nãos, com todas as tuas não possibilidades, com o teu não gostar, ainda assim, me despertaste o mais puro querer. Te acharei um bobo pro resto da vida, mas respeito as tuas escolhas, até dessas mais tontas.

Não me libertarei do mesmo gosto musical, das caminhadas longas, das tuas dancinhas, dos docinhos, do café com leite em pó & dos banhos abraçados — esses levo comigo, bem junto.

São os recortes que carregarei, colados no peito. Espero que, no fundo, eu tenha deixado algo de mim em ti também.

Tudo bem se essa história não teve a mesma intensidade pra você — eu que vivo assim, pois só tenho o hoje e o gostar nunca é em vão. Carrego nossos dias comigo e te guardarei pro resto da minha vida no melhor canto do meu coração, sempre.

Com carinho,

Ellen.

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