instantes de felicidade

domingo: 8 de junho: a pergunta que ainda ecoa no peito: será que haverá um reencontro?

instantes de felicidade

a pergunta que ainda ecoa no peito: será que haverá um reencontro?

Curtindo um clima bem nostálgico, essa música é a cara da edição de hoje. 🌃

FIRST THINGS FIRST
Noites Brancas

(Imagem: White Nights)

Instantes de felicidade! Por que não há de ser isso bastante para encher a vida inteira?

Fiódor Dostoiévski

Esta frase é do livro Noites Brancas, de Dostoiévski, que narra a história de um sonhador solitário que se apaixona por Nástienka, uma jovem que espera o retorno de um homem que prometeu casar-se com ela.

  • A narrativa se passa durante as noites brancas, período em que a cidade não escurece totalmente, criando uma atmosfera de sonho e esperança.

Nesses encontros, o narrador experimenta momentos de intensa felicidade, ainda que fugazes. A frase citada, inclusive, reflete essa tentativa de dar sentido à vida por meio desses breves instantes.

A pergunta retórica — por que não há de ser isso bastante? — revela tanto uma aceitação melancólica quanto um protesto contra a natureza transitória da felicidade.

Para o narrador, mesmo que a felicidade dure pouco, ela é tão intensa que poderia, idealmente, bastar para preencher toda a vida com seu brilho.

Há algo de profundamente humano e comovente na ideia de que um instante de felicidade pode justificar uma vida inteira. Como se, por um breve segundo, o mundo parasse de pesar — e tudo fizesse sentido.

  • Dostoiévski parece sugerir que a vida não precisa ser repleta de acontecimentos grandiosos ou de felicidade constante.

Basta um momento verdadeiro para que a alma se sinta plena. Uma emoção limpa, um encontro bem orquestrado pelo destino. O resto — a solidão, o silêncio, o esquecimento — vira pano de fundo para aquilo que brilha.

Como já dizia Clarice Lispector, “se em um instante se nasce, e se morre em um instante, um instante é bastante para a vida inteira.”

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL
Tudo era mágico

(Imagem: Pinterest)

Mi estava curtindo suas férias em Salvador quando resolveu baixar o Tinder — mais por curiosidade e aventura, sem muita expectativa.

  • Em um sábado de março, enquanto aproveitava o dia no bairro de Stella Maris, aconteceu o match com Jeo.

A conversa fluiu facilmente e os interesses bateram. Após algumas perguntas protocolares e assuntos triviais, veio o convite para o jantar — no mesmo dia, sem muita enrolação.

Era uma terça-feira, 22 de março de 2022. Ele foi buscá-la de Uber, na casa onde ela estava hospedada. Ao entrar no carro e olhar para ele pela primeira vez, Mi não conseguiu disfarçar.

Ela sempre foi muito expressiva e não estava acostumada a sair com “estranhos”. Mais tarde, Jeo confessaria que aquele olhar parecia de quem viu algo que não esperava.

Como Strangers in the Night, de Frank Sinatra, eles eram estranhos até o momento em que disseram o primeiro “olá”; mal sabiam que o amor estava apenas a um olhar de distância.

  • Já era tarde, e vários bares estavam fechados. Eles acabaram indo para o Rio Vermelho, e escolheram o restaurante Caminho de Casa.

Entre goles de vinho, conversas gostosas, risos fáceis e trocas de olhares, Mi sentiu uma energia boa, leve e encantadora. Já dava para perceber que aquilo não era só o acaso; era encontro.

Caminharam pela orla depois do jantar e, em frente ao mar, sob o céu estrelado, Jeo disse: “estou com vontade de te beijar”. Foi ali o primeiro beijo. Um beijo calmo e encaixado.

Não queriam que o encontro acabasse. Viraram inimigos do fim — de bar em bar, rindo e aproveitando a noite. Terminaram com mais uma garrafa de vinho, já na casa dele.

Ela tinha passagem comprada para Aracaju, mas desistiu de ir. Sentiu que precisava viver essa história.

  • Os dias seguintes foram intensos, como um sonho bom do qual ela não queria acordar.

Viveram um tempo só deles, em que tudo parecia suspenso: risos soltos, filmes com a cabeça encostada no peito, banho de mar, beijos que levavam à entrega do corpo e terminavam em sono profundo.

As noites eram regadas a vinho, comilança, conversas e olhares que diziam mais do que palavras. Foram oito garrafas em cinco dias — e, em cada uma delas, um capítulo dos dois.

Mi sente que viveu uma vida inteira em poucos dias — sete, para ser mais precisa. Como canta Bell Marques: “Encontrei o meu amor na cidade de Salvador, tão romântica, tão histórica..."

Mas ela precisava voltar para Barreiras, a 862 km de Salvador. A vida não tinha parado e Mi precisava concluir sua graduação. Sem notícias um do outro, seguiram caminhos separados.

  • Até que, três anos depois daquele encontro, veio a mensagem dele: saudade de você.

Mi estava em Minas, fazendo mestrado. Jeo estava em Curitiba, por conta do trabalho. Mas foi em Salvador, a cidade mágica onde tudo começou, que aconteceu o reencontro.

Combinaram os detalhes com cuidado: ele queria um jantar, como da primeira vez. Ela escolheu o dia, terça-feira, como da primeira vez.

Encontraram-se no Rio Vermelho, agora, em um restaurante diferente. Mas tudo parecia seguir o mesmo roteiro: conversas intermináveis, risos fáceis e olhos que se procuram.

Outra terça-feira, 13 de maio de 2025. Outro jantar no Rio Vermelho. Dessa vez, no restaurante Salvador Dalí. Outro encontro eternizado.

Mi sente-se grata por ter vivido algo assim, mesmo que breve. Mesmo sem saber se haverá continuidade. Um amor que talvez nunca vire cotidiano, mas que também nunca será esquecido.

  • Para Mi, estar com Jeo é ser ela mesma. Sem filtro, sem performance e sem medo. Como é raro viver algo assim.

Ele estará em Salvador em julho. Em seguida, ela irá para Curitiba. Fica aí a expectativa de mais algumas rolhas de vinho, fotos, beijos gostosos e conversas sem fim.

Mi escreve essa história com lágrimas nos olhos, lembrando que “talvez o para sempre não seja sobre pessoas, mas sobre memórias.” Mas tem uma pergunta que ainda ecoa no peito: será que haverá um reencontro?

ENQUETE DO THE STORIES
Love at first sight

(Imagem: VSCO)

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EDITOR’S PICK
Sunday mood 🍷

(Imagem: We Heart It)

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CARTA ABERTA
Chá revelação 🤍

(Imagem: Pinterest)

Ana e Jean estão juntos há 13 anos. Nunca se casaram no papel, mas construíram uma vida com amor, cumplicidade e muitos planos a dois.

A ideia de ter um filho não veio de cara — só começou a ganhar forma quando decidiram morar juntos.

  • Mas é curioso como o coração costuma ir à frente da razão. Mesmo sem acreditar totalmente, Ana e Jean já sonhavam.

Quando moravam no apartamento, Ana vivia imaginando uma casa maior, com três quartos — talvez até um sobrado. Ela lembra de dizer: “se a gente se mudar para uma casa, quem sabe tentamos ter um filho.”

Em 2024, eles venderam o apartamento e realizaram esse sonho. A compra foi em abril, e a mudança ocorreu no final de maio.

Foi nesta nova casa que ela começou a imaginar outro cenário: o lar com um bebê. Um banho dado com carinho, um choro na madrugada, uma rotina completamente nova — totalmente deles.

Agora, exatamente um ano depois, em maio de 2025, Ana descobriu que estava grávida.

A notícia chegou no fim de semana do Dia das Mães, e foi tão intensa que ela não conseguiu esperar: já contou para toda a família no próprio domingo. Mas, desde então, ficou pensando que gostaria de fazer um chá revelação diferente.

  • Hoje, Ana e Jean vão reunir a família em casa, num clima bem intimista, com bolo e docinhos.

E ela queria muito que essa revelação fosse aqui, no the stories. Porque, no fundo, o que está acontecendo com eles é exatamente isso — o começo de uma nova história.

Agora, finalmente, o grande momento chegou: é uma menina! E vai se chamar Ágata! ❤️

RODAPÉ

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