primeira vez

domingo: 23 de novembro: como já dizia santo agostinho, "a felicidade é continuar desejando aquilo que já possuímos".

primeira vez

como já dizia Santo Agostinho: “a felicidade é continuar desejando aquilo que já possuímos.

Para começar o domingo no clima de amor e paz, a dica é dar o play nesta música aqui. 💙

FIRST THINGS FIRST

O segredo da felicidade

(Imagem: Getty Images)

Quero uma primeira vez outra vez. (...) quero ter sensações inéditas até o fim dos meu dias.

Martha Medeiros

Ao desejar viver uma primeira vez outra vez, Martha Medeiros quase pergunta ao mundo se ainda é possível se surpreender e se ainda existe novidade dentro daquilo que já conhecemos de cor.

Porque o coração humano tem essa fome estranha: deseja segurança, mas suspira por encantos inesperados.

Mas talvez o segredo não esteja em colecionar acontecimentos inéditos — e sim em manter viva a capacidade de enxergar. Para quem tem bons olhos, a primeira vez pode acontecer várias vezes.

Neste mesmo sentido, em uma cena do filme Antes do Amanhecer, a personagem Celine diz que só consegue se apaixonar quando sabe tudo sobre alguém: “a maneira como ele vai separar seu cabelo, qual camisa ele vai usar naquele dia, sabendo a história exata que ele contaria em uma determinada situação”.

E o mais engraçado é que, para muitas pessoas, é neste exato momento que a paixão acaba. Quando a novidade passa, o mistério deixa de ser mistério e os outros desconhecidos parecem cada vez mais interessantes.

Mas, para quem enxerga com atenção, quanto mais se conhece alguém — ou alguma coisa —, mais o desejo de saber aumenta.

  • Almoçar no mesmo restaurante todos os dias, mas continuar curioso pra saber qual será o cardápio do dia.

  • Saber exatamente o tipo de música que uma pessoa escuta, mas se surpreender quando ela conhece de cor uma canção que você achava ser “só sua”.

  • Saber que fulano só toma banho quente, mas acabar descobrindo que ele liga a água fria antes de sair do chuveiro.

  • Jurar que já decorou cada mania e, no entanto, ser pego desprevenido por um gesto novo, uma frase que ele nunca tinha dito ou uma delicadeza que não estava no roteiro.

Para quem acha que o “novo” está sempre fora de casa, talvez seja melhor pensar como Santo Agostinho: “o segredo da felicidade é continuar desejando aquilo que já possuímos.

BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL

O amor das primeiras vezes

(Imagem: VSCO)

Antes mesmo de entenderem o que estavam vivendo, Marcus e Kamilly sabiam que aquele era um tipo de amor raro: um amor simples. Não no sentido de raso ou pequeno, mas no sentido mais bonito da palavra.

  • Daquele jeito que Manoel de Barros dizia ser próprio das coisas verdadeiras, que “crescem para baixo”, firmando raízes antes de florescerem.

Eles se conheceram em 2023, durante um evento no Rio de Janeiro. Kamilly trabalhava em uma ONG que capacitava jovens para o mercado de trabalho; Marcus era aluno.

A princípio, parecia apenas um encontro passageiro, desses que a gente vive sem notar. Mas o tempo tratou de transformar aquele instante em semente.

Vieram meses de mensagens, silêncios, retomadas. Até que, em janeiro de 2024, as conversas no WhatsApp ganharam outra temperatura. Sabe quando você começa a sorrir olhando para o celular?

O primeiro encontro aconteceu no Rio, no Arpoador. Pôr do sol, vento e fim de tarde. Kamilly, tímida, deixou escapar um selinho — rápido, quase imperceptível, mas suficiente para Marcus entender que queria viver algo com ela.

Kamilly morava em São Paulo; Marcus era carioca da gema. Apesar da distância, ela sempre se fazia presente. O acolheu quando ele mais precisou, oferecendo colo, atenção e um tipo de cuidado que ele nunca tinha conhecido.

  • O amor deles começou assim: cheio de primeiras vezes, certezas novas e gestos pequenos.

Por Kamilly, Marcus fez sua primeira viagem para fora do Rio. Foi a São Paulo só para encontrá-la — para caminhar pelas ruas que ela amava, conhecer os lugares da vida dela e entrar no mundo dela.

E cada detalhe virou lembrança boa: o aniversário dela, as risadas e os passeios. Aquele amor que dá segurança e frio na barriga.

Antes mesmo de serem um casal, ela comprou dois ingressos para um show de um artista que ele gostava. Um gesto pequeno para o mundo, mas enorme para ele. Nas palavras de Marcus: quando a gente gosta, a gente presta atenção.

E foi nessa viagem que o beijo realmente aconteceu. Sem vergonha, sem espera, mas com a leveza de quem sabe que algo especial começou.

Passaram o Réveillon juntos. Kamilly conheceu toda a família dele. Na virada do ano, sentados num banco de praça, veio aquela clareza que só o amor tem: estava tudo ali, já acontecendo.

  • Depois disso, cada encontro virou capítulo: shows, cinema, presentes trocados e férias em família.

Quando o namoro começou oficialmente, Marcus sentiu que estava vivendo algo totalmente novo. Seu primeiro relacionamento. Por incrível que pareça, sua primeira experiência de amor foi leve.

Em meio a tantas histórias de idas e vindas, incertezas e “quases”, eles experimentaram um amor que escolhe ficar. Entenderam, na prática, a frase de Drummond: Amar se aprende amando.

E o destino, com seu senso de humor, uniu um carioca flamenguista e uma paulistana que passou parte da infância no interior do Rio. Dois mundos que podiam nunca ter se cruzado, mas que insistiram em se encontrar.

E ainda veio mais uma primeira vez: o intercâmbio da Kamilly para a África. Um sonho que ela conquistou há anos e que Marcus acompanhou de longe.

Dias longos, fuso trocado e rotina intensa. Mas os dois deram um jeito. Aprenderam, na marra, o que significa construir um amor à distância: paciência, presença e a certeza de que quem quer, fica.

  • Hoje, mesmo em cidades diferentes, os dois estão mais juntos — e conectados — do que nunca.

Talvez seja justamente porque, desde o início, eles souberam que o amor deles não precisava ser extraordinário para ser grande. Só precisava continuar desejando aquilo que já possuía.

Depois da primeira viagem, do primeiro Réveillon juntos, do primeiro namoro e dos primeiros desafios, Marcus acredita que o amor não tem um grande segredo nem uma fórmula.

Para ele, o amor são dois caminhos que, por alguma razão, simples e teimosa, continuaram se encontrando. É escolher permanecer, cuidar e insistir no outro — de novo, de novo e de novo.

Ficou curioso para conhecer Marcus e Kamilly? Eles já apareceram no nosso Instagram. 🧸

ENQUETE DO THE STORIES

(Imagem: X)

O que faz um amor durar?

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RESULTADO DA ÚLTIMA ENQUETE

69,66% de vocês (567 pessoas) votaram que “quem levou o pé na bunda” é quem carrega o peso maior depois do fim.

Abaixo, uma resposta de destaque por opção:

(Quem terminou)

Na realidade, varia muito conforme a situação do término. Mas eu, como tive que terminar ainda amando, pra mim esse peso é foda. Sei que minha ex até hoje fica triste com o término. Éramos muito próximos e apegados. Mas, infelizmente, devido a ‘algumas várias’ circunstâncias, tive que tomar coragem e terminar. E isso sempre judia.

(Quem levou o pé na bunda)

Rapaz, eu vou explicar pra vocês: quem terminou o relacionamento sempre fui eu — e sempre foi mais fácil pra mim esquecer, até porque os relacionamentos que eu tive não foram lá muito bons. Eu acredito que tenha algum dedo podre. Mas agora, pela primeira vez, uma mulher terminou comigo e, por mais que minha família fale que o relacionamento não foi bom, que ela não tinha o sentimento de equipe, eu não consigo esquecer essa pessoa — ou seja, bem que poderia vir até uma carta nessa mesma coluna, mas um dia eu prometo que escrevo. Por enquanto, hoje, eu acho que quem carrega o peso pior do término de um relacionamento é quem tomou um pé na bunda.

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(Imagem: Amélie)

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EXTRA

Morte Devagar

(Imagem: Tumblr)

Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

- Martha Medeiros

RODAPÉ

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